Adolescentes

Lição 7 - Tentação - a batalha por nossas escolhas e atitudes V

SUPERINTENDENCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2019

Adultos - BATALHA ESPIRITUAL - O povo de Deus e a guerracontra as potestades do mal

COMENTARISTA: ESEQUIAS SOARES DA SILVA

COMENTÁRIO: SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO

 

LIÇÃO Nº 7 – TENTAÇÃO - A BATALHA POR NOSSAS ESCOLHAS E ATITUDES

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INTRODUÇÃO

Introduziremos esta aula trazendo a definição da palavra “tentação”; destacaremos algumas verdades sobre a tentação a luz da Bíblia; pontuaremos também que Tiago destaca o processo da tentação que culmina na consumação do pecado; por fim, veremos quais as atitudes necessárias devemos tomar para vencer as tentações.

I – DEFINIÇÃO

Segundo o dicionário a palavra “tentação” significa: “impulso para a prática de alguma coisa censurável ou não recomendável” (HOUAISS, 2001, p. 2695). No original grego, a palavra tentação é “peirasmos”, que significa “teste”, “provação”, “tentação para a prática do mal”. Esse vocabulário pode incluir ou não a ideia de alguma questão moral envolvida. Pode simplesmente indicar um teste difícil, uma prova, e não alguma tentação tendente à prática do mal, uma incitação ao pecado. Por outro lado, essa palavra pode envolver também a ideia de incitação ao pecado (CHAMPLIN, 2004, p. 351). Logo, esta palavra pode ter conotação tanto positiva (provação) quanto negativa (tentação), dependendo do contexto (Sl 95.8; Mt 6.13; Lc 8.13; 11.4; Gl 4.14; Ap 3.10).

II – ALGUMAS VERDADES SOBRE A TENTAÇÃO

2.1 A tentação é algo do ser humano. A tentação é algo próprio do ser humano: “Não veio sobre vós tentação, senão humana [...]” (1 Co 10.13). Jesus foi tentado porque era plenamente humano: “em tudo foi tentado” (Hb 4.15). Como Deus ele não podia ser tentado, mas como homem passou por diversas tentações (Mt 4.3; Lc 22.28; Hb 2.18). Tiago nos diz que “[…] cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência” (Tg 1.14). É bom acrescentar também que ser tentado não é pecado, o pecado está em ceder a tentação (Mt 6.13; 26.41).

2.2 A tentação tem um agente. O agente da tentação não é Deus. Tiago nos assevera isso: “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta” (Tg 1.13). A Bíblia diz que Deus prova os Seus filhos (Gn 22.1; Êx 20.20; Dt 8.2; Sl 11.5; Jo 6.6; 1 Pd 4.12-19). O diabo é quem aparece na Bíblia como o tentador, aquele que induz o homem ao pecado (Mt 4.3; Lc 4.13; 1Ts 3.5). Logo nos primeiros capítulos da Bíblia vemos ele tentando os nossos primeiros pais (Gn 3.1-7). Incitando Davi a contar o povo (1 Cr 21.1). Em Mt 4.3 vemo-lo tentando a Cristo. Paulo escrevendo aos Tessalonicenses diz: “temendo que o tentador vos tentasse” (1Ts 3.5). Aos coríntios escreveu dizendo que: “temia que eles fossem enganados pela serpente” (2 Co 11.3); Pedro diz que o tentador “anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pd 5.8).

2.3 A tentação pode ser vencida. Por mais forte que seja a tentação contra um crente, ela pode ser vencida (Tg 4.7). Deus não permite que sejamos tentados além das nossas forças: “[...] fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1 Co 10.13). “O termo escape ‘ekbasis’ era usado como referência a uma passagem na montanha. A imagem é de um exército ou de um grupo de viajantes preso nas montanhas. Eles descobrem uma passagem e o grupo escapa para algum lugar em que possa estar em segurança” (BEACON, 2006, p. 320). Isso nos remete ao momento escatológico em que o exército de Israel será cercado pelo anticristo para ser desbaratado por este, no período da grande tribulação, no entanto, nesse momento, os judeus clamarão ao Senhor e Ele virá ao Seu encontro para os defender e abrir o escape para o Seu povo quando pisar o monte das Oliveiras, que se fenderá no meio (Zc 12.10; 14.1-5; Ap 19.11-21).

III – AS FASES DA TENTAÇÃO

Alguns judeus arrazoavam que tendo Deus criado tudo, devia também ter criado o impulso do mal, e considerando que é o impulso do mal que tenta o homem ao pecado. Em última análise é Deus que o criou, e por isso é o autor e responsável pelo mal (BARCLAY, sd. p. 52). Tiago refuta essa ideia afirmando que “Deus não pode ser tentado pelo mal, e ele mesmo a ninguém tenta” (Tg 1.13). Em vez de acusar Deus pelo mal, o homem deve assumir a responsabilidade pessoal dos seus pecados (Lm 3.39). “O homem faz de vítima a si mesmo” (CHAMPLIN, 2004, p. 24). É a sua própria cobiça ou concupiscência que o atrai e o seduz: “Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência” (Tg 1.14,15). A palavra “concupiscência” no grego “epithumia”, denota “desejo forte, desordenado” de qualquer tipo seja bom ou ruim, sendo frequentemente especificado por algum adjetivo. A palavra é usada em referência a um desejo bom somente em (Lc 22.15; Fp 1.23; 1 Ts 2.17), em todos os outros lugares têm um sentido negativo referindo-se aos maus desejos que estão prontos para se expressar (Rm 13.14; Gl 5.16,24; Ef 2.3; 2 Pe 2.18; 1 Jo 2.16) (VINE, 2002, p. 487 – acréscimo nosso). Tiago vê o pecado não apenas como um ato, mas como um processo em quatro estágios. Notemos:

3.1 A atração. O primeiro passo da tentação é a atração: “Mas cada um é tentado, quando atraído” (Tg 1.14-a). A palavra “atração” significa: “sedução, sentimento de interesse, curiosidade” (HOUAISS, 2001, p. 338). Isto significa dizer que jamais seremos tentados por aquilo que não nos sentimos atraídos. Esaú não resistiu ao guisado, quando voltou da caça e vendeu seu direito de primogenitura, para saciar o seu desejo (Gn 25.29,30,34); Sansão viu uma mulher filisteia e não resistiu contraindo matrimônio com ela (Jz 14.1,3); a mulher de Potifar se insinuou para José, um jovem de boa aparência, no entanto, ele resistiu recusando a sua proposta indecente (Gn 39.7-9); quando Jesus teve fome, que o diabo apareceu para induzi-lo a transformar as pedras em pão (Mt 4.2,3); no entanto, o Mestre resistiu e não cedeu a oferta de Satanás (Mt 4.4). A natureza carnal que ainda existe em nós, vez por outra, sentirá atração pelo pecado, cabe ao crente, andar no Espírito, para não cumprir este desejo: “Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne” (Gl 5.16). A Bíblia nos exorta a resistir aos desejos carnais, “deixando-os” (Hb 12.1); “negando-os” (Mt 16.24); “mortificando-os” (Cl 3.5); e, se preciso for, “fugindo” deles (2 Tm 2.22).

3.2 O engodo. A segunda coisa destacada pelo apóstolo Tiago na tentação é o engodo. A expressão “engodo” quer dizer: “isca usada para atrair animais; chamariz” (HOUAISS, 2001, p. 1149). O simbolismo, talvez seja o da pesca. Os homens usam de uma isca para enganar o peixe, o qual, apanhado pelo engodo, paga com sua vida” (CHAMPLIN, 2004, p. 23). Da mesma forma, o homem é atraído por algo que desperta a sua concupiscência. O diabo é especialista em colocar a isca certa para atrair e despertar a concupiscência humana. Vejamos alguns exemplos bíblicos: (a) para o primeiro casal ele tinha a curiosidade pelo fruto (Gn 3.6); (b) Para Noé ele tinha uma taça de vinho (Gn 9.20,21); (c) para Davi uma mulher se banhando (2 Sm 11.2); (d) para Ananias e Safira o desejo de se tornar notório (At 4.35-37; 5.1-10); (e) para Judas o dinheiro (Mt 26.15; Jo 12.6); e, (f) para Demas, o presente século (2 Tm 4.10).

3.3 A concepção. A terceira fase da tentação é a concepção. Esta fase é bastante perigosa, pois aproxima o homem da queda que é o próximo passo. O verbo “conceber” quer dizer: “ser fecundado por, engravidar, gerar, acalentar” (HOUAISS, 2001, p. 1149). Todos somos tentados diariamente por coisas que se colocam na nossa frente. Diante disto, nós podemos renunciar ou permitir que este desejo seja alimentado em nosso interior, tal como uma semente que quando cai na terra, se encontrar terreno propício e for irrigada, poderá criar raízes e florescer até gerar o fruto maligno que é a consumação (Tg 1.15). Devemos com a ajuda da graça (2 Tm 2.1) e do poder de Deus (Ef 6.10), resistir aos apelos da carne, do mundo e do diabo que dia a dia procuram nos seduzir a prática das obras da carne, que são um obstáculo na nossa caminhada (Hb 12.1).

3.4 A consumação. Este é o último estágio da tentação. Quando a pessoa não procura resistir as demais fases da tentação, não conseguirá evitar o passo seguinte: a consumação. O verbo “consumar” quer dizer: “levar a termo; concluir, rematar; cometer, praticar” (HOUAISS, 2001, p. 815). O resultado da consumação do pecado é a morte: “[…] o pecado, sendo consumado, gera a morte” (Tg 1.15-b). Foi o que foi dito ao primeiro casal (Gn 2.17), e o que eles receberam pela desobediência (Rm 5.12; 6.23). Essa morte é essencialmente espiritual, mas pode também ser física (At 5.5,10; 1 Co 11.30) e eterna (1 Co 6.10; Gl 5.19-21; Ap 22.15), senão houver arrependimento sincero e abandono do pecado (Pv 28.13).

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