Adultos

Lição 3 - O Céu — O destino do cristão V

SUPERINTENDENCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2024

Adultos - A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA - o caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu

COMENTARISTA: Osiel Gomes da Silva

COMENTÁRIO: SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO

 

LIÇÃO Nº 3 – O CÉU – O DESTINO DO CRISTÃO

INTRODUÇÃO

Nesta lição estudaremos o céu – o destino do cristão, para isto definiremos a palavra céu, em seguida veremos uma breve descrição de como esse tema aparece nas Sagradas Escrituras. Elencaremos também a natureza do céu e a conduta exigidas dos salvos em Cristo. E por fim, pontuaremos as bênçãos reservadas para igreja do senhor.

I – DEFININDO O TERMO CÉU

Nas traduções da Bíblia para a língua portuguesa cerca de 700 ocorrências da palavra céu (s). Sendo que, a maioria dos textos bíblicos usa a palavra hebraica: “shamayim”, que é traduzida literalmente como: “as alturas”, ou a palavra grega: “ouranos”, que é traduzida como: “o que está elevado”. Estes termos são usados em toda a Bíblia, referentes a três céus. Notemos:

1.1 O primeiro céu (inferior): É o céu atmosférico, onde sobrevoam as aves e os aviões; onde passam as nuvens, desce a chuva e se processam os trovões e relâmpagos: “Ele é que cobre o céu de nuvens, que prepara a chuva para a terra e que faz produzir erva sobre os montes” (Sl 147.8; ver Dt 11.11,17; 28.12,24).

1.2 O segundo céu (intermediário): É o céu estelar ou planetário, chamado também de céu astronômico: “E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus [...]” (Gn 1.14; ver Gn 15.5; Sl 33.6; Jr 10.2; Hb 1.10).

1.3 O terceiro céu (superior): Este céu é o ponto central do nosso estudo. Podemos chamá-lo de “céu dos céus” por estar acima de todos (Ne 9.6; Jo 3.13). É este céu que o apóstolo Paulo denomina de “o Paraíso” (2Co 12.2-4), e que o Senhor Jesus mencionou, muitas vezes, em suas pregações e ensinos (Mt 5.12,16; 6.1,9,10; 7.21; 8.11; 10.32,33).

II – A DESCRIÇÃO DO CÉU À LUZ DAS ESCRITURAS

2.1 Paraíso: Este título nos lembra a felicidade, contentamento e comunhão que os nossos primeiros pais desfrutavam com Deus, no Éden, antes da queda (Gn 3.8). Escrevendo aos coríntios, o apóstolo Paulo afirma que foi arrebatado até o terceiro céu, que é o paraíso (2Co 12.2-4).

2.2 Casa de meu Pai: Em um dos seus últimos discursos, o Senhor Jesus descreveu o céu como a: “casa de meu Pai” (Jo 14.1-3), trazendo-nos a ideia do conforto, descanso e comunhão do lar.

2.3 Cidade celestial: Assim como Israel peregrinou no deserto, com destino a Canaã, a igreja está peregrinando, com destino a Canaã celeste. O escritor aos Hebreus disse: “Porque nós não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura” (Hb 13.14); e o apóstolo Paulo, escrevendo aos filipenses, afirma: “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20).

III – A NATUREZA DO CÉU À LUZ DAS ESCRITURAS

O céu não é um lugar místico e nem um conceito filosófico. O céu é um lugar real, onde Deus habita; de onde Jesus veio, para tomar forma humana, e para lá voltou, após a sua ressurreição, e de onde Ele voltará, para buscar a Sua igreja. Vejamos como a Bíblia informa a natureza do céu:

3.1 O Céu é um lugar real. O céu não é um lugar imaginário, e sim, um lugar real, onde a igreja estará para sempre com o Senhor (1Ts 4.17). Jesus descreveu o céu como um lugar onde existe muitas moradas (Jo 14.1-3);

3.2 O Céu é um lugar indescritível. Apesar das muitas referências bíblicas sobre o céu, cremos que não é possível descrevê-lo por completo, pois não se pode descrever a sua beleza e sua realidade com palavras humanas. O apóstolo Paulo diz que “[...] as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam” (1Co 2.9).

3.3 O Céu é um lugar espaçoso. As testemunhas de Jeová afirmam que apenas 144 mil irão para o céu. Porém, o apóstolo João, na ilha de Patmos, teve uma visão dos mártires na glória, e escreveu: “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos” (Ap 7.9). Se João descreve os mártires da grande tribulação como: “uma multidão, a qual ninguém podia contar”, imagine o que será a igreja, em sua totalidade. IV A CONDUTA DE QUEM TEM COMO DESTINO O CÉU

4.1 Andar em santidade. A santidade é a marca característica de um verdadeiro servo de Deus, tanto no AT, pois, o caráter santo de Deus deveria ser refletido na vida de Israel (Lv 11.44; Nm 15.40), como no NT, onde nos é dito que a nossa santificação é a vontade direta e perfeita de Deus para nós (1Ts 4.3). A afirmativa bíblica é que os salvos são filhos de Deus (Rm 8.16), sendo assim, temos aqui um argumento lógico e simples, os filhos herdam a natureza dos pais, logo, sendo Deus Santo, como seus filhos, devemos ter uma vida santa. Somos participantes da natureza divina e devemos revelar essa natureza em uma vida piedosa (2Pd 1.4).

4.2 Andar em obediência e reverência (1Pd 1.14,17). Antes da conversão a Cristo o homem por natureza, é filho da desobediência (Ef 2.2). O apóstolo Pedro ressalta que agora, após a experiência da salvação, não podemos mais viver nas práticas do passado que determinavam o nosso modelo de vida (1Pd 1.14,15); “não vos amoldeis” significa não entrar no esquema, no modelo. Originalmente, a palavra significava assumir a forma de alguma coisa, a partir de um molde de encaixe, os cristãos são chamados a “mudar de forma”, e a assumir o padrão de Deus (Rm 12.2), vivendo respectivamente de maneira reverente, ou seja, tendo a atitude de quem fala cada palavra, cumpre cada ação e vive cada momento consciente de Deus tendo consciência de que nossas atitudes serão julgadas pelo justo juiz (Dt 10.17; Rm 2.11; 1Pd 4.17).
4.3 Andar sem conformar-se com o mundo (Rm 12.2). A expressão “não vos conformeis” tem o sentido de “não tomar a forma” ou “não ser igual”. Em outras palavras, o apóstolo Paulo estava dizendo: “não queira ser igual ao mundo”. O cristão deve reconhecer que o presente sistema mundano é mau (At 2.40; Gl 1.4) e que está sob o controle de Satanás (Jo 12.31; I Jo 5.19). Aquele que é nascido de Deus deve aborrecer aquilo que é mau, e amar aquilo que é justo, pois, Jesus disse que nós somos o sal da terra e a luz do mundo; e, como luz do mundo devemos resplandecer diante dos homens (Mt 5.13-16)

V – AS BÊNÇÃOS RESERVADAS PARA A IGREJA NO CÉU

Seria impossível descrever, neste breve estudo, as bênçãos que estão reservadas para a igreja no céu. Vejamos algumas:

5.1 Santidade perfeita. No céu não existe tentação e nem pecado. Lá os santos desfrutarão, para sempre de santidade e pureza, pois receberão corpos gloriosos e incorruptíveis, e não poderão mais pecar (Ap 21.27; 22.14,15).

5.2 Plenitude de conhecimento. No céu não haverá escola nem ciência. Mas, o conhecimento será perfeito. Os mistérios serão desvendados, temas teológicos de difíceis compreensão, serão, enfim, compreendidos; e muitas coisas encobertas, serão reveladas (Dt 29.29; 1Co 13.12).

5.3 Descanso eterno. Em contraste com a vida presente, no céu não haverá necessidade de corrermos de um lado para outro, na luta pela sobrevivência. Estaremos, para sempre, livres de fadiga, cansaço e dores (Ap 14.13; 21.4).

5.4 Serviço. O céu não é um lugar de fadiga e cansaço, mas também não é um lugar de inatividade. Está equivocado aquele que pensa que a única coisa que faremos no céu é louvar a Deus. A Bíblia diz: “Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra... E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão” (Ap 7.15; 22.3).

4.5 Gozo incomparável. Nem mesmo o maior prazer experimentado neste mundo poderia ser comparado com o gozo que desfrutaremos no céu. O céu é um lugar de gozo e de alegria permanente (Ap 19.7; 21.4).

4.6 Comunhão com Cristo. No céu seremos semelhantes a Cristo e O veremos face a face. Por enquanto, a nossa comunhão com Ele é baseada na fé. Nós oramos, adoramos e O servimos movidos por fé (1Pd 1.8). No entanto, ao adentrarmos nas regiões celestes, poderemos vê-lo face a face (Jo 14.3; 2Co 5.8; Fp 1.23; Ap 22.4).

CONCLUSÃO

O céu é um lugar real, onde a igreja estará, para sempre, com o seu noivo, o Senhor Jesus Cristo. Todo aquele que recebeu a Cristo como Senhor e Salvador de sua vida, deve desejar habitar neste lugar, preparado para o povo de Deus (Jo 14.1-3).

REFERÊNCIAS

• ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.

• GEISLER, Norman. Teologia Sistemática. CPAD.

• MCGRATH, Alister E. Teologia sistemática, Histórica e Filosófica. SHEDD.

• MOODY, D. L. Comentário Bíblico de João. PDF.

• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

Fonte: http://portal.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/ Acesso em 15 de abr de 2024

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