Adultos

Lição 7 - O ministério da Igreja III

ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2024

Adultos - O CORPO DE CRISTO - origem, natureza e vocação da Igreja no mundo

COMENTARISTA: José Gonçalves

COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

LIÇÃO Nº 7 – O MINISTÉRIO DA IGREJA

Texto: Efésios 4.11-16

Introdução: Os dons ministeriais foram dados com o objetivo de edificar a Igreja e promover a maturidade de seus membros.

I - O MINISTÉRIO SACERDOTAL DE TODO CRENTE

1. O Sacerdócio no Antigo Testamento

1.1. A prática do sacerdócio é bem antiga entre os hebreus

a. Ela saiu da esfera familiar

b. Ela tornou-se uma complexa prática cerimonialista

1.2. Dessa forma, a evolução do sacerdócio na Antiga Aliança é como segue:

a. No princípio, quando surgiu a necessidade de se oferecer sacrifícios, os cabeças das famílias eram seus próprios sacerdotes (Gn 4.3; Jó 1.5)

. Na era dos patriarcas, encontramos o chefe da família exercendo essa função (Gn 12.8)

b. Israel, como nação, foi posta como sacerdote para outros povos (Êx 19.6)

. No Monte Sinai, o Senhor limitou a prática sacerdotal à família de Arão e à tribo de Levi (Êx 28.1; Nm 3-5-9)

2. Uma doutrina bíblica confirmada no Novo Testamento.

2.1. O sacerdócio da Antiga Aliança é como um tipo de Cristo (Hb 8.1)

a. Cristo operou o derradeiro sacrifício pelos pecados do povo

b. Não era mais uma família, tribo ou nação é detentora do sistema sacerdotal.

2.2. Agora, é a Igreja que constitui o sacerdócio universal de todos os crentes (1Pe 2.5; Ap 5.10; cf. Jr 31.34)

2.3. Cada cristão, como sacerdote:

a. Oferece o próprio corpo em sacrifício vivo (Rm 12.1,2)

b. Ministra o louvor como fruto de seus lábios (Hb 13.15)

c. Intercede pelos outros (1Tm 2.1; Hb 10.19,20)

d. Proclama as virtudes daquele que o chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1Pe 2.9)

e. Mantem comunhão direta com Deus (2Co 13.13)

3. Uma doutrina bíblica resgatada na Reforma Protestante

3.1. O catolicismo e o sacerdócio

a. No catolicismo romano, o sacerdócio é limitado à figura dos padres. Não há a função sacerdotal para os membros da igreja. Nesse caso, o Papa é considerado o vigário de Cristo na Terra. Por isso, cabe destacar aqui que o resgate da doutrina bíblica do sacerdócio universal dos crentes, tal qual se encontra no Novo Testamento, foi uma obra da Reforma Luterana do século 16. Para o reformador alemão, “qualquer cristão verdadeiro participa dos benefícios de Cristo e da Igreja”. A Reforma pregou um retorno radical às Escrituras, como bem definiu seu slogan no Sola Scriptura (somente a Escritura). Nas páginas das Escrituras Sagradas, podemos ver a grandeza dessa preciosa doutrina.

II - A ESTRUTURA MINISTERIAL DO NOVO TESTAMENTO

1. O ministério quíntuplo.

1.1. Deus pôs na Igreja apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres (Ef 4.11)

1.2. Apóstolo

a. Alguém enviado em uma missão (Mt 10.2; Lc 22.14; At 13.2)

b. Alguns requisitos podem ser destacados para alguém ser um apóstolo:

. Ter estado com o Senhor Jesus (At 1.21,22)

. Ter sido uma testemunha da ressurreição de Jesus (At 1.22)

c. Ter visto o Senhor (At 9.1-5)

d. Ter operado sinais e maravilhas (2Co 12.1-5)

1.3. Profeta

a. O profeta era alguém inspirado e autorizado para falar em nome de Deus.

. Nesse aspecto, ele era um porta-voz de Deus

b. No Novo Testamento, o profeta:

. Exortava e consolava (At 15.32) e

. Trazia revelação do futuro (At 11.27-29)

c. Contudo, a Escritura distingue o ministério de profeta do dom da profecia

. Somente alguns eram chamados para ser profetas (Ef 4.11)

. Porém, todos poderiam exercer o dom da profecia (1Co 14.5,31)

1.4. Evangelista

a. É alguém cujo ministério é centrado na salvação de almas (At 8.5; 21.8)

1.5. Pastores e mestres

a. O pastor possui a função de apascentar (Jo 21.16)

b. O mestre possui a função de ensinar (Rm 12.7)

2. O serviço de diáconos e presbíteros

2.1. A instituição do diaconato (At 6.1-7)

a. O sentido do verbo grego diakoneo é “servir” e ocorre 37 vezes ao longo do Novo Testamento

. Esse significado aparece em Atos 6.2.

b. Da mesma forma, o substantivo grego diakonia, ocorre 34 vezes no texto neotestamentário

. Ele também aparece com esse sentido de “servir” em Atos 6.1.

c. À luz do contexto de Atos 6, observamos que o diaconato era um serviço dedicado mais à esfera social da igreja

2.2. Presbítero: (Gr: presbyteros) traduzido como “presbíteros”, ocorre 66 vezes no texto grego do Novo Testamento

a. O termo é usado para se referir aos anciãos que presidiam as igrejas. (At 14.23)

b. Esse mesmo sentido é usado quando Paulo se encontra com os presbíteros de Éfeso. (At 20.17)

c. O presbítero era alguém que supervisionava, presidia ou ainda exercia alguma função pastoral

III - AS QUALIFICAÇÕES PARA O MINISTÉRIO

1. Qualificações de natureza moral

1.1. As qualificações para o exercício ministerial (1Tm 3.1-15; Tt 1.5-9)

a. Não apegado ao dinheiro, ou seja, não avarento (1Tm 3.3)

b. Ser irrepreensível (1Tm 3.2; Tt 1.6)

. Alguém que não possua nenhuma acusação válida (1Tm 3.10)

. Vida pessoal ilibada

. Sem escândalo público

2. Qualificações de natureza social.

2.1. Ao longo das cartas pastorais, verificamos também a necessidade de qualificações de natureza social, tais como:

a. O aspirante ao ministério não pode ser soberbo, isto é, arrogante e orgulhoso (Tt 1.7)

. Uma pessoa de difícil convívio social

. Uma pessoa obstinada em sua própria opinião

. Uma pessoa que age com teimosia e arrogância

b. O aspirante também não pode ser:

. irascível (Tt 1.7), isto é, truculento, violento, colérico, descontrolado

3. Qualificados para o ministério.

3.1. De acordo com as cartas pastorais, podemos afirmar que há qualificações claras para o exercício do ministério da Igreja de Cristo.

a. São qualificações morais e socias

. São inegociáveis

Conclusão: Nesta lição, vimos o ministério sob diferentes aspectos. Vimos que a doutrina do sacerdócio universal dos crentes é inteiramente bíblica. Todo crente tem o privilégio de apresentar a si mesmo e a outros diante de Deus, sem a necessidade de mediadores terrenos. Vimos também que Deus pôs na Igreja alguns para o exercício de determinadas funções específicas. Esses ministérios devem ser vistos como dons de Deus à Igreja.

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