ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

TERCEIRO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - A IGREJA EM JERUSALÉM: Doutrina, comunhão e fé: a base para o crescimento da Igreja em meio às perseguições

COMENTARISTA: José Gonçalves

COMENTÁRIO: EV. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA

LIÇÃO Nº 3 – UMA IGREJA FIEL À PREGAÇÃO DO EVANGELHO

Uma das características mais peculiares da igreja do primeiro século era a sua fidelidade ao ensinamento sagrado de nosso Senhor Jesus Cristo. Os primeiros anos da igreja são marcados por uma pregação cristocêntrica, que consistia no chamado ao arrependimento e no testemunho público de que a Salvação podia ser alcançada mediante a fé no sacrificio de nosso Senhor Jesus Cristo.

Diferente dos dias atuais, em que o apelo de muitas pregações tem sido para as necessidades materiais e emocionais, a igreja primitiva prezava pelo ensino vivo e transformador das Escrituras Sagradas, inspirada pelo Espírito de Deus.

O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.

A IGREJA QUE PREGA AS ESCRITURAS

O crescimento da igreja está diretamente ligado à pregação fiel da Palavra. A pregação é o principal instrumento a produzir o crescimento saudável da igreja. O aspecto mais notável no segundo sermão de Pedro, tal como do primeiro, é o seu fator cristocêntrico. Ele desviou os olhos da multidão do coxo curado e dos apóstolos e os fixou em Cristo, a quem os homens haviam rejeitado, matando-o, mas a quem Deus vindicou, ressuscitando-o dentre os mortos.

A mensagem que deve ser pregada pela Igreja deve ser fixada em Cristo. Quando lemos as Sagradas Escrituras entenderemos que a sua centralidade aponta para o nosso Mestre. Esse fator deve ser destacado em nossos púlpitos, pois o destaque que revela se uma Igreja é fundamentada na verdadeira doutrina, está baseado em sua pregação.

As Escrituram revelam o Pai, e só entendemos isso por meio da revelação que o Espírito Santo nos concede. O nosso entendimento fica completo quando passamos a ler acerca de Jesus, que é a revelação plena do Pai para nós.
Entendemos também que a mensagem das Escrituras nos confronta a abandonar o pecado para vivermos uma nova condição junto ao Pai. A mensagem do sacrificio e ressurreição de Cristo é o ponto basilar dessa compreensão, pois aponta a nossa condição pecaminosa e a necessidade de redenção, bem como nos encaminha ao redentor.

Destaque

A mensagem genuinamente pregada pelos nossos primeiros irmãos trazia consigo o poder de convencer o ser humano do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). Os testemunhos da Lei e dos Profetas fundamentaram a teologia apostólica e subsidiaram os discípulos na pregação a respeito de Jesus ser o Messias prometido. Ao analisarmos a primeira pregação de Pedro à multidão, identificaremos aspectos essenciais que ratificam a natureza cristocêntrica da pregação primitiva (At 2.14-41).

A IGREJA QUE PREGA NO PODER DO ESPÍRITO

Tudo o que compreendemos hoje das Sagradas Escrituras não veio por meio da compreensão humana. Quem nos revelou tudo foi a pessoa do Espírito Santo, que desceu vindo do Pai para nos conduzir no caminho da verdade e ser o maior professor das Sagradas Letras para nós.

E o Espírito Santo quem nos capacita a compreender e transmitir a poderosa mensagem o Evangelho. Sem a ação dinâmica do Espírito, a nossa mensagem seria vazia e o seu alcance nulo. Sem a presença dEle em nossas vidas não teríamos a ousadia necessária para o avanço do poder do Evangelho na humanidade.

Outro ponto a se destacar é que o Espírito tem a missão de glorificar ao Pai. Esse detalha tem passado desapercebido em muitos lugares por aí, fazendo com que muitos mensageiros acreditem que o Espírito Santo esteja atuando em suas vidas, projetando o seu nome ao vento.

Isso não existe! Não podemos pensar que o Espírito Santo veio do céu para projetar as pessoas, colocando o nome delas espalhadas pelos outdoors. O Espírito glorifica e glorificará ao Pai em todo tempo, e nós somos apenas os instrumentos necessários para propagar a mensagem do Evangelho pelo mundo.

Destaque

Partindo dessa premissa, a igreja atual precisa refletir se está pregando o genuíno evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Muitas pregações mais se parecem com discursos de autoajuda ou confissão positiva. A pregação genuína do Evangelho deve ser, primeiramente, bíblica, fiel à exposição do texto sagrado. O que, de fato, consolida uma vida cristã saudável é o conhecimento da Palavra de Deus. Seus princípios são inspirados pela ação do Espírito e, uma vez observados, servem de alimento espiritual indispensável para o crescimento e amadurecimento da fé cristã.

A IGREJA QUE PREGA A ESPERANÇA VINDOURA

Por fim, precisamos destacar o papel da Igreja em comunicar ao mundo a iminente vinda do nosso Senhor Jesus Cristo. Essa mensagem visa despertar a humanidade caída sobre o juízo que está prestes a ser derramado sobre a terra. A mensagem escatológica não pode ser abolida de nossos templos.

Estamos debaixo da promessa que nos foi deixada por Cristo, que viria outra vez para estarmos juntos com ele eternamente. Essa promessa deve mover em nós um sentimento de arrebanhar mais vidas para o rebanho do Pai, e assim serem contados com a Noiva do Cordeiro que será arrebatada brevemente.

A pregação de Pedro (At 3.21) contém elementos de uma "escatologia realizada"; contudo, o aspecto "porvir" da mensagem petrina está em evidência. Há um tempo em que "todas as coisas" serão restauradas. A escatologia permeia as páginas da Bíblia e alimentou a expectativa pentecostal. Essa esperança escatológica, no entanto, não deve ser vista como um escapismo, onde a Igreja foge da sua missão de atender as necessidades das pessoas no mundo. Por outro lado, o zelo escatológico não deve morrer por conta do triunfalismo que tem infectado as igrejas nas últimas décadas.

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. ANTONIO VITOR LIMA BORBA