Lição 2 - Miriã: disponibilidade apesar da idade I

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ASSEMBLEIA DE DEUS DE MOEMA - MINISTÉRIO DO BELÉM - Setor 124 / SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

TERCEIRO TRIMESTRE DE 2025

Juvenis: PERSONAGENS MARCANTES DA BÍBLIA

COMENTARISTA: EDILBERTO SILVA

COMENTÁRIO: PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA

LIÇÃO Nº 2 - MIRIÃ: DISPONIBILIDADE APESAR DA IDADE

Desde a juventude, os personagens marcantes da Bíblia demonstram a grandeza de seu caráter, da sua fé, do compromisso assumido com a lei divina e a obediência aos pais também se revela como um traço marcante na formação de suas personalidades. É o que observamos também na adolescente Miriã que nem sequer foi nomeada em Êxodo 2.4, quando recebeu a missão de cuidar do bebê Moisés, o seu irmão, às margens do Rio Nilo: “E sua irmã postou-se de longe, para saber o que lhe havia de acontecer. “ Se distingue pela sua disposição para ajudar os pais e contribuir para proteger o mais novo membro da família, sentindo-se como co-participante da responsabilidade de preservar a descendência da tribo de Levi.

Ela será nomeada apenas em Ex 15. 20,21: “ Então Miriã, a profetisa, a irmã de Arão, tomou o tamboril na sua mão, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamboris e com danças. E Miriã lhes respondia: Cantai ao Senhor, porque gloriosamente triunfou; e lançou no mar o cavalo com o seu cavaleiro.” Foi no momento de travessia do Mar Vermelho. Os pais de Miriã eram Anrão e Joquebede: “E o nome da mulher de Anrão era Joquebede, filha de Levi, a qual nasceu a Levi no Egito; e de Anrão ela teve Arão, e Moisés, e Miriã, irmã deles. “ (Nm 26.59).

Há hipóteses de que seu nome seja de raiz semítica e, também, egípcia, “mara”, o que significa bem-nutrida, saciada, e, naquele local, também tinha o sentido de bonita. Outros estudiosos designam outra raiz egípcia, de onde vem o seu nome mHeri ou amada. A partir do ugarítico, vem da palavra rum (elevar), ou seja, elevada. Miriã era um referencial entre as mulheres hebreias, pois foi chamada de profetisa, uma líder que tinha bastante influência entre elas.

Miriã e Arão, seu irmão, enfrentaram um período bastante turbulento da história do povo israelita. Sendo adolescentes, ainda não tinham formação moral e religiosa para se defrontar com tantos reveses que surgiam e prejudicavam o cotidiano de seu povo. Não podiam desfrutar de atividades típicas de adolescentes de seu tempo, haja vista que era um povo escravo, com a obrigação de trabalhar, sem nenhuma compensação por isto. A força de trabalho destes jovens, certamente, era usada de forma abusiva e, provavelmente, não havia distinção: homens e mulheres trabalhavam para satisfazer o egoísmo do faraó e perpetuar a sua imagem e poderio em monumentos que resistiriam no decorrer dos séculos.

No entanto, o homem sempre foi orgulhoso e, ciente da sua força, bem como da possibilidade de se estabelecer no poder, ele enfrenta os povos que considera maiores e mais fortes por meio da opressão, para que não seja confrontado e desempossado de sua posição de proeminência.

E levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José; o qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito, e mais poderoso do que nós. Eia, usemos de sabedoria para com eles, para que não se multipliquem, e aconteça que, vindo guerra, eles também se ajuntem com os nossos inimigos, e pelejem contra nós, e subam da terra. E puseram sobre eles maiorais de tributos, para os afligirem com suas cargas. Porque edificaram a Faraó cidades-armazéns, Pitom e Ramessés. Mas quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam, e tanto mais cresciam; de maneira que se enfadavam por causa dos filhos de Israel. E os egípcios faziam servir os filhos de Israel com dureza; Assim que lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o seu serviço, em que os obrigavam com dureza. (Ex 1. 8-14)

Esta situação foi se agravando a tal ponto que os egípcios decidiram deter o crescimento da população hebreia. As parteiras hebreias chamavam-se Sifrá (hb. quer dizer: esplendor) e Puá (hb. quer dizer: beleza). Elas receberam a ordem de matar os meninos e de preservar a vida das meninas. Mas as parteiras enfrentaram o rei do Egito, demonstrando temor a Deus e encontrando um álibi. Era a crueldade do faraó em contraste com a postura ética das parteiras, bem como o seu respeito à vida:

E o rei do Egito falou às parteiras das hebreias (das quais o nome de uma era Sifrá, e o da outra Puá), e disse: Quando ajudardes a dar à luz às hebreias, e as virdes sobre os assentos, se for filho, matai-o; mas se for filha, então viva.

As parteiras, porém, temeram a Deus e não fizeram como o rei do Egito lhes dissera, antes conservavam os meninos com vida. Então o rei do Egito chamou as parteiras e disse-lhes: Por que fizestes isto, deixando os meninos com vida?

E as parteiras disseram a Faraó: É que as mulheres hebreias não são como as egípcias; porque são vivas, e já têm dado à luz antes que a parteira venha a elas. (Ex 1. 15-19)

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