ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2025
Jovens: EXORTAÇÃO, ARREPENDIMENTO E ESPERANÇA: o ministério profético de Jeremias
COMENTARISTA: Elias Rangel Torralbo
COMENTÁRIO: PB. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA

LIÇÃO Nº 12 - O MINISTÉRIO DE JEREMIAS DEPOIS DA QUEDA DE JEREUSALÉM
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.
A LIBERTAÇÃO DE JEREMIAS
Jeremias viveu intensamente, tendo dedicado a sua vida ao ministério que lhe foi confiado pelo Senhor, entrando para a história como um profeta leal, intenso e fie1 a Deus e ao seu chamado. Além das suas mensagens, que foram duras, sim, mas também carregadas de amor por Deus e pelos seus compatriotas, Jeremias entrou para a história como um personagem resistente às provações, firme diante das adversidades e fiel frente ãs oportunidades e até contextos favoráveis para a negociação dos seus valores e da sua mensagem.
Jeremias entendeu que o chamado cobraria um preço alto, principalmente devido a corrupção do povo de Israel. Sua trajetória destacou muito bem isso, fazendo com que o profeta fosse sujeito a um grande aperto e duras provações, chegando até mesmo ao encarceramento, contudo, sua fidelidade a Deus o fez experimentar do cuidado do Senhor em todo o tempo.
A passagem bíblica de Jeremias 39.11-14 oferece informações significativamente importantes e que renovam a certeza do cuidado de Deus com os que são chamados por Ele e cumprem com fidelidade a sua missão, pois, como se vê, o rei Nabucodonosor deu ordem para que o tirasse da prisão, cuidasse dele e fizesse-lhe aquilo que ele desejasse.
Além da libertação da prisão, o rei Nabucodonosor deu ordem para que Jeremias fosse bem tratado pelos babilônicos. Ele agora via o cumprimento de sua profecia, pois pode perceber o grande juízo divino derramado sobre o povo.
Somente os servos de Deus estão preparados para todos os episódios; e são livres e consolados enquanto os ímpios sofrem. Costumam encontrar mais amabilidade do profano do que por parte dos hipócritas que professam santidade. o Senhor lhes levantará amigos, lhes fará bem e cumprirá todas as suas promessas.
UM REMANESCENTE JUDEU NO EGITO
Com todas as experiências desagradáveis e catastróficas que viveram com a invasão e destruição de Jerusalém, assim como o cativeiro babilônico, boa parte do povo de Judã, em especial os que não foram levados cativos, não aprenderam a lição (Jr 43.7). [...] Como se não bastasse a desobediência em instalar-se no Egito, esse remanescente judeu pôs-se a adorar os deuses do lugar, cometendo o mesmo erro que havia sido a causa maior de Judã estar sofrendo nas mãos babilônicas, conforme alertado por Jeremias (Jr 44.2,3). A idolatria nesses dias assumiu um patamar tão elevado, que o texto sagrado informa que se entranhou no contexto familiar, pois as mulheres influenciavam os maridos a oferecerem adoração ã chamada Rainha dos Céus (Jr 44.15,24,25).
Os que permaneceram em Jerusalém entenderam que não seria seguro habitar mais ali, e então decidiram buscar refúgio no Egito. Contudo, o povo que para lã seguiu continuou renunciando a seus princípios, mesmo diante do grande cenário de juízo que se derramara sobre o povo.
Somente o orgulho traz a disputa com Deus e com o homem. Eles preferiram a sua própria sabedoria, e não a vontade revelada de Deus. os homens negam que as Escrituras sejam a Palavra de Deus, porque estão decididos a não se enquadrarem naquilo que as Escrituras ordenam. Estes judeus desertaram de sua própria terra, e se colocaram fora da proteção de Deus. É uma atitude néscia os homens quererem consertar as suas situações, trazendo destruição a si mesmos com atitudes ruins.
Quando fugimos da vontade de Deus pagamos um alto preço. Esse preço é cobrado porque a proteção divina não estará sobre as nossas decisões falidas. Que Deus nos ajude a entender a Sua vontade, para que possamos trilhar a jornada que nos está proposta.
Deus pode encontrar o seu povo onde quer que este se encontre. O Espírito de profecia não estava confinado ã terra de Israel. É profetizado que Nabucodonosor destruirá os egípcios e levará muitos deles para o cativeiro. Assim, Deus faz de um homem mau ou de uma nação má, um acoite, que é praga para outra nação. Ele castiga aqueles que enganam o seu povo, e também aqueles que os incitam ã rebeldia.
O MINISTÉRIO CONTINUA
Mesmo depois de toda a tragédia vivida em Jerusalém e a deportação definitiva de muitos judeus para a Babilônia, o remanescente que ficou em Judá, continuou a trilhar pelo caminho da desobediência e, ao invés de ficar em Jerusalém, optou pelo Egito (42.19-22). Mesmo diante do que viram em Jerusalém, os judeus decidiram migrar para terras egípcias e ali continuaram a praticar os mesmos erros de antes. Ainda nesse mesmo contexto, é possível notar Deus ainda falando a eles (44.1-10).
O povo não soube compreender o cenário que estavam passando, muito menos entenderam o motivo pelo qual estavam enfrentando aquele juízo. Nada do que estava acontecendo os fizeram perceber que continuavam a provocar a ira do Senhor, mesmo com Jeremias continuando a alertar o povo.
Se quisermos conhecer a vontade do Senhor nos casos duvidosos, deveremos esperar e orar. Deus está sempre preparado para se voltar com misericórdia para aqueles que têm afligido, e nunca rejeita quem confia em suas promessas. Tem dito o bastante para silenciar até os temores que, sem causa, desencorajam o seu povo no caminho do dever. Seja qual for a perda ou o sofrimento que possamos temer devido à obediência, a Palavra de Deus o compensará; Ele protegerá e livrará todos os que confiam nEle e o servem.
Precisamos ser fiéis ao Senhor em meio a uma geração corrupta e falida, entendendo que o nosso chamado vai além das fronteiras e de espaços geográficos limitados. O Senhor chamou Jeremias em um tempo difícil, e procura aqueles que estão dispostos a serem chamados no tempo presente.
Uma árvore frondosa como Jeremias só pôde ter frutos duradouros por causa das suas profundas raízes, que foram firmemente lançadas ao longo da sua trajetória ministerial, que foi marcada principalmente por intensas provas, rejeição e oposição. Diante das mais terríveis provações, ele permaneceu fiel a Deus e ao seu chamado mesmo quando cogitou abandoná-lo (Jr 20.9).
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. ANTONIO VITOR LIMA BORBA