Jovens

Lição 5 - O início do cerco de Jerusalém I

ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

QUARTO TRIMESTRE DE 2025

Jovens: EXORTAÇÃO, ARREPENDIMENTO E ESPERANÇA: o ministério profético de Jeremias

COMENTARISTA: Elias Rangel Torralbo

COMENTÁRIO: PB. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA

LIÇÃO Nº 5 - O INÍCIO DO CERCO DE JERUSALÉM

O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.

CONHECENDO A HISTÓRIA

Ao olhar para o contexto histórico do episódio em que Zedequias consulta ao profeta enquanto a Babilônia avançava em direção a Jerusalém, é possível perceber, dentre outros fatos, o controle de Deus em conduzir os acontecimentos, tanto em disciplinar o seu povo como em utilizar-se de nações pagãs, isto é, povos que não o serviam. Esse fato histórico marcou o início da queda definitiva de Zedequias pelas mãos dos babilônios, o que é uma informação, no mínimo, intrigante, pois, esse rei assumiu o reinado de Judá, não só com a aprovação de Nabucodonosor, mas foi ele próprio que o estabeleceu como rei (2 RS 24.17, 18; Jr 37.1).

A história que trata sobre esse período é intrigante, pois alianças e domínios foram trabalhados, levantados e finalizados, tudo em função da sentença divina que estava sobre Judá. Nesse tempo de crise o profeta Jeremias convidou o povo ao arrependimento, o que gerou incomodo para muitos.

Os profetas surgiram em períodos obscuros da história, marcados pelo afastamento de Deus, o enfraquecimento das bases éticas de um povo e o abandono de valores espirituais, eternos e divinos. Essa informação permite vários olhares sob os quais a função do profeta pode ser avaliada, inclusive, o papel da história, isto é, a necessidade e a importância do conhecimento contextual para a apuração detalhada sobre um determinado acontecimento que tenha tido um profeta envolvido.

Judá já havia declinado e a sua condenação era certa. O trabalho de Jeremias foi anunciar esse juízo e convocar o povo ao arrependimento. Judá estava sendo condenada pelos fatos que cometera contra o Senhor.

Em 2 Crônicas 36.15-21 expõe com veemência o estado de declínio espiritual em que Judá estava, o que culminou com a sua queda final. Aqui está o ponto alto da série de intervenções divinas em corrigir o seu povo que, embora tenha recebido inúmeras mensagens de profetas enviados pelo Senhor, todavia, as desprezaram, o que resultou em sua queda definitiva, mesmo porque, segundo o texto bíblico, Deus é longânimo, mas a rejeição deliberada e repetida de sua palavra, atrai o seu juízo (Jr 36.11 -16) e foi isso que ocorreu, com a invasão e destruição de Jerusalém.

O INÍCIO DO CERCO E AS SUAS CAUSAS

A virtude da humildade faltou ao povo de Judá dos dias de Jeremias, pois, mesmo tendo sido usado com a finalidade de despertar a consciência de seus ouvintes, as poderosas mensagens de advertência, exortação e chamado ao arrependimento, que poderia evitar a invasão babilônica, não foram capazes de transpor os muros de um coração obscurecido pela soberba.

A soberba endurece o coração do ser humano, fazendo-o parar de ouvir bons conselhos e de caminhar no rumo certo. A invasão da babilônia destaca muito bem isso, como mais uma vez a soberba levou uma nação a ruína.

As Escrituras descrevem detalhadamente a triste situação de Jerusalém, por ocasião da invasão babilônica (2 RS 25.1-4), mas apresenta também que a causa disso, passando pela desobediência, a idolatria, a rejeição aos profetas e alcançando o ponto alto e final na soberba do rei Zedequias que, embora tivesse sido orientado por Deus a não resistir a Nabucodonosor
(Jr 27.12-15), pela sua soberba, desobedeceu mais uma vez, como se lê em 2 Reis 24.20.

Zedequias acredito que a altivez seria a ferramenta para o sucesso, sendo que esquecera do Senhor e se afastou dele para a sua condenação. Jeremias eram o mensageiro que tentava tirar o rei e o povo da trilha que os levavam a sua sentença, contudo, não obteve sucesso pela dureza dos seus ouvintes.

A expressão divina "se voltares" é uma excelente demonstração do que é arrependerse, como visto anteriormente. Entretanto, esta não foi a atitude de Zedequias e nem do povo, pelo contrário, como um homem que diante da repreensão não se curva, assim se comportaram diante das palavras do Senhor, nem mesmo diante da iminente invasão babilônica. Mais uma vez, destaca-se aqui que a vaidade, a arrogância e a autoconfiança marcaram a postura do povo diante do risco que o cercava (Jr 21.13).

PREVENIR É MAIS SÁBIO DO QUE REMEDIAR

A triste realidade vivida por Judá de ter tido o próprio Deus como adversário, que culminou na invasão final da babilônia em Jerusalém, a sua destruição e o seu fim como povo, justifica-se pelas más escolhas que fez por tanto tempo, chegando um momento em que não havia mais o que fizesse que fosse capaz de reverter tal situação, servindo assim como exemplo a não ser seguido.

A longanimidade de Deus é grandiosa. Não conseguimos mensurar o quão grande ela é. Contudo, também não podemos brincar com ela, acreditando que o mal que nós estamos fazendo não terá nenhuma consequência.

A história que marca a invasão de Jerusalém pelo exército de Nabucodonosor, por exemplo, deve servir de referencial para a igreja dos dias atuais combater de forma intencional a religião fria e indiferente, a falta de arrependimento e todas as formas de idolatria que tira Deus do centro de suas práticas.

Os cristãos do tempo presente devem olhar para a Bíblia e aprender com os erros que fizeram os grandes caírem. Como servos de Deus, não devemos provocar a Sua ira, mas sim trabalhar como forma de gratidão pelo que Ele fez por nós.

A igreja da atualidade deve lembrar-se das grandes obras que Deus realizou em sua história e a clamar por restauração naquilo que a Palavra, o Senhor mostrar ser necessário (Sl 74, 77, 79 e 80). Há uma santa convocação ao povo de Deus a valorizar e a preservar os seus valores espirituais para não desagradar a Deus e isso só será possível à medida que houver genuíno arrependimento, difusão e manutenção de uma vida cristã saudável, pelas Escrituras que conduzirão' a igreja a lembrar-se dos grandes feitos do Senhor e a clamar por restauração, quando necessário.

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. ANTONIO VITOR LIMA BORBA

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