ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2025
Jovens: O VERDADEIRO EVANGELHO
COMENTARISTA: Alexandre Coelho
COMENTÁRIO: PB. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA
LIÇÃO 3 - PAULO E SUA CHAMADA
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.
O EVANGELHO DE PAULO
O apóstolo Paulo passa da motivação do evangelho para a origem do evangelho. Mais uma vez, ele defende seu evangelho, mostrando de forma eloquente que este não é segundo o homem e não foi aprendido de homem algum. Nem a fonte do seu evangelho nem o método pelo qual Paulo o recebeu eram humanos. O evangelho lhe veio por revelação de Jesus Cristo. Isto não diz respeito a uma revelação geral, disponível a todos que a recebessem, mas a uma revelação especial e pessoal para Paulo.
O que Paulo transmitia não veio de nenhum instituto teológico, mas sim o próprio Mestre ressurreto o transmitiu por revelação divina. A força da sua mensagem não veio de conhecimento humano, e a sua pregação estava envolta em uma grande autoridade que inflamava o coração dos seus ouvintes.
O evangelho anunciado por Paulo não lhe chegou mediante instrução humana, da mesma forma ele aprendeu as doutrinas do judaísmo aos pés de Gamaliel. Também seu evangelho anunciado não foi recebido nem aprendido de homem algum. Sua natureza não é humana; sua origem é divina. Assim como no preâmbulo da carta (1.1) Paulo afirmou ser divina a origem de sua comissão apostólica, agora ele afirma ser de origem divina o seu evangelho apostólico (1.12). Nem a sua missão nem a sua mensagem derivavam de homem algum; ambas lhe vieram diretamente de Deus e de Jesus Cristo.
Sua mensagem procurou a todo momento apontar a redenção do pecador pelo sangue vertido na cruz do calvário, sem que existisse a necessidade de que o homem ficasse preso a dogmas e paradigmas religiosos que traziam um jugo pesado para o salvo.
O evangelho é de Cristo, vem de Cristo e glorifica a Cristo. Sua origem não é terrena, mas celestial; não é humana, mas divina; não está focada no homem, mas em Cristo. Jesus Cristo foi tanto o agente por meio do qual veio a revelação quanto o conteúdo da própria revelação. Por isso, os gálatas têm diante de si, no evangelho de Paulo, uma grandeza incondicional, na qual não há nada para revisar, diminuir ou acrescentar.
RELEMBRANDO O PASSADO
Paulo começa sua defesa voltando ao passado. Seu comportamento pretérito, quando ele engrossava as fileiras do judaísmo, não era um fato desconhecido de seus críticos. [...] Paulo foi circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus, da seita dos fariseus e um zeloso e implacável perseguidor do evangelho (FP 3.3-6). Ele era um judeu puro-sangue. Tendo nascido em Tarso da Cilicia, ainda jovem foi enviado por seus pais a Jerusalém para aprender a lei aos pés de Gamaliel (At 22.3).
Os opositores ao verdadeiro Evangelho tentaram enfraquecer a pregação do apóstolo atacando o seu passado. Eles visavam enfraquecer o testemunho de sua vida pessoal, para que os irmãos gálatas não dessem crédito à mensagem que estava sendo recebida. Esse era o grande problema dos falsos mestres que combatiam a pregação do apóstolo Paulo.
Paulo foi educado para ser um rabino. [...] Viveu como fariseu de acordo com a seita mais severa da sua religião (At 26.5). Percorria com grande desenvoltura os corredores do saber teológico. A tradição dos pais era mais do que a lei escrita; incluía também, e sobretudo, o corpo de ensino oral que era complementar à lei escrita e gozava dentro do judaísmo de igual autoridade. Paulo conhecia com profundidade tanto a lei escrita como a lei oral, ou seja, aquele acervo com milhares de regula mentos que interferiam profundamente no cotidiano do povo judeu devoto.
Paulo foi um dos maiores perseguidores da igreja. Ele se autodenominou insolente, blasfemo e per seguidor (l Tm 1.13). Disse que era o menor dos apóstolos, que não era nem mesmo digno de ser chamado apóstolo, pois perseguiu a igreja de Deus (l co 15.9). Ele devastou a igreja (Gl 1.13), assolou a igreja (At 8.3) e exterminou em Jerusalém aqueles que invocavam o nome de Jesus (At 9.21). Paulo foi uma fera selvagem, que respirava ameaças e morte contra os discípulos de Cristo (At 9. l), e perseguiu a religião do Caminho até a morte (At 22.4). Ele não res peitava domicílio doméstico, pois entrava nas casas e arrastava homens e mulheres para lançá-los na prisão (At 8.3). Não poupava nem os lugares sagrados, pois entrava nas sinagogas para castigar os crentes, forçando-os a blasfemar. Depois de lançar muitos dos santos nas prisões, contra eles dava o seu voto, quando os matavam (At 26.9-11). Paulo perseguiu os cristãos (At 26. I l), a religião dos cristãos (At 22.4) e o Deus dos cristãos (At 26.9).
Porém, o que os opositores imaginavam ser um ponto de enfraquecimento da mensagem de Paulo, na verdade era o que estava auxiliando no fortalecimento do Evangelho. Quando os ouvintes viam a mudança que Deus fizeram na vida de Paulo, enfim entenderam que o Evangelho é transformador e a Graça é poderosa para transformar vidas.
A DIFERENÇA DE UMA VIDA TRANSFORMADA
Depois de falar do seu passado, Paulo passa a tratar do seu presente e contar como foi sua conversão. Ao destacar que a transformação ocorrida em sua vida não havia sido causada pelos judeus nem pela igreja, mas, sim, por um milagre espiritual operado pelo próprio Deus, mais uma vez Paulo defende seu apostolado, pela legitimidade de sua conversão.
Paulo foi um grande exemplo de que o Evangelho transforma o vil pecador. Seu passado cruel foi totalmente deixado para trás, para que aquele velho homem fosse sepultado para que o piedoso apóstolo nascesse em Cristo, anunciando a mensagem de transformação.
A salvação age assim.
A eleição de Deus não se baseia no mérito, pois quando Deus o chamou Paulo era blasfemo, insolente e perseguidor. A eleição divina é incondicional. Como Deus conheceu Jeremias antes que fosse formado no ventre da sua mãe e o consagrou e o constituiu profeta antes de sair da madre (Jr 1.5), assim também Deus escolheu Paulo antes de seu nascimento (l . 15). O chamado de Paulo foi feito antes que o apóstolo pudesse pensar por si mesmo, e isto deve comprovar que o seu evangelho não era de sua própria fabricação.
Sem mudança não há Evangelho, mas sim uma palavra que visa massagear o ego dos corações e mentes, que estão atribuladas pelo avanço da crueldade no mundo. Paulo era cruel, agora anunciava a transformação, se nós não fazemos isso também, falharemos como bons discípulos do Mestre.
Paulo perseguia a Cristo porque cria que este era um impostor. Agora os seus olhos estavam abertos para ver Jesus não como um charlatão, mas como o Messias dos judeus, Filho de Deus e o Salvador do mundo.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. ANTONIO VITOR LIMA BORBA