Lição 2 - O falso evangelho I

Imprimir

ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

TERCEIRO TRIMESTRE DE 2025

Jovens: O VERDADEIRO EVANGELHO

COMENTARISTA: Alexandre Coelho

COMENTÁRIO: PB. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA

LIÇÃO 2 - O FALSO EVANGELHO

O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.

UM APÓSTOLO SURPRESO

As igrejas da Galácia estavam sendo seduzidas pelos falsos mestres, e o evangelho estava sob fogo cruzado. Os judaizantes espalhavam entre as igrejas gentílicas que Paulo não era um apóstolo autorizado e que sua mensagem não era verdadeira. Esses embaixadores do engano perverteram o evangelho, proclamando que a fé em Cristo não era suficiente para a salvação (At 15. I , 5). Tornaram a obra de Cristo na cruz insuficiente e acrescentaram as obras da lei como condição indispensável para a salvação. Contra esses falsos mestres, com firmeza e coragem, Paulo empunha a espada do Espírito, para repreender a igreja e anatematizar os hereges.

O afastamento apressado dos gálatas em relação ao evangelho assustava e impressionava o apóstolo Paulo. Eles foram iludidos pelos judaizantes, que decidiram não abdicar por inteiro a Lei de Moisés, chegando a afirmar que era necessário que eles cumprissem os rudimentos previstos na Antiga Aliança.

Falsos mestres foram aos gálatas, procurando persuadi-los a rejeitar os ensinos de Paulo e aceitar "outro evangelho". Este evangelho diferente consistia não somente em crer em Cristo, mas também ligar-se à fé judaica mediante a circuncisão (Gl 5.2), as obras da lei
(Gl 3.5) e a guarda dos dias santos judaicos (Gl 4.10).

Era um retorno do evangelho da graça para estar novamente debaixo do jugo da Lei.

Paulo caracterizou essa apostasia como "outro evangelho", que diferia daquele que Cristo o entregou para ser ensinado aos cristãos e pregado aos gentios.

As igrejas da Galácia estavam abandonando as fileiras do evangelho, dando as costas para Deus e voltando outra vez para a escravidão da lei. [...] Paulo está perplexo com a atitude das igrejas da Galácia. Aqueles irmãos abraçaram o evangelho para logo depois abandoná-lo, trocando-o por uma mensagem diferente, outro evangelho, que de fato, não era evangelho.

Paulo está admirado ao ver a rapidez que esses crentes estavam apostatando da fé.

O ANÁTEMA

Paulo estava tão convencido de que não havia outro evangelho, que invocou a maldição de Deus sobre a própria vida, num caso hipotético de vir a pregar um evangelho que fosse além daquele que já havia anunciado aos gálatas. O evangelho é maior do que o apóstolo, e a mensagem maior do que o mensageiro. Não é a pessoa do mensageiro que dá valor à sua mensagem; antes, é a natureza da mensagem que dá valor ao mensageiro. Por isso, nem o próprio Paulo nem um anjo poderia alterar a mensagem. O evangelho não era de Paulo, mas de Cristo. Este fato o tornava imutável.

Paulo estava combatendo de maneira dura e forte os falsos mestres que estavam pervertendo o verdadeiro evangelho. Para isso, ele utilizou de um termo duro, a fim de que os crentes na Galácia compreendessem a gravidade do que estavam fazendo. Por isso que ele afirmou que quem pregava assim deveria ser considerado um anátema.

A palavra "anátema" (gr. anathema) significa alguém que está sob maldição divina, condenação à destruição e que será salvo da ira divina e da condenação eterna. [...] Malditos ("anátema") são todos que pregam um evangelho contrário à mensagem que Paulo pregava de acordo com a revelação que Cristo lhe dera. Quem acrescenta ou tira algo do evangelho original e fundamental de Cristo e dos apóstolos, fica sujeito à maldição divina: "Deus tirará a sua parte do livro da vida" (Ap 22.18, 19).

Devemos reter a firme esperança que está contida no verdadeiro evangelho. Que modifica essa mensagem para beneficio próprio age em favor do reino das trevas, pois ilude e transtorna a mensagem de salvação que nos conduz à vida eterna.

O evangelho pregado por Paulo não era o verdadeiro evangelho porque Paulo era quem o pregava; era o verdadeiro evangelho porque foi o Cristo ressurreto quem o entregou a Paulo para ser pregado. [...] a prova do ministério de uma pessoa não é sua popularidade (Mt 24. I l), nem os sinais e prodígios miraculosos que ela realiza (Mt 24.23,24), mas sim sua fidelidade à Palavra de Deus (IS 8.20; I Tm 4.1-5; I Jo 4.1-6).

AGRADAR AOS HOMENS OU A DEUS

Os mestres judaizantes começaram a atacar não apenas o apostolado de Paulo e sua mensagem, mas também suas motivações. Diziam que Paulo diminuía as exigências do evangelho para alcançar o favor dos homens. Afirmavam que o apóstolo desobrigava os crentes gentios da circuncisão para agradar aos homens. Acusaram Paulo de ajustar sua mensagem de forma que fosse atraente aos homens e lhes ganhasse o favor. O apóstolo Paulo, porém, não era um político, mas um embaixador. Seu propósito não era agradar aos homens, mas levar a eles a mensagem da salvação. Por isso, Paulo não se intimidou diante desse ataque.

Sua resposta foi imediata.

Como não tinham capacidade de atacar efetivamente a mensagem do evangelho, pois o conhecimento de Paulo era tamanho e sua autoridade vinha do céu, eles procuraram atacar a honra do apóstolo. Muitos traiçoeiros agem assim a fim de denegrir e desestimular os irmãos quanto aos verdadeiros homens de Deus.

Os mestres do judaísmo estavam assacando contra Paulo as mais levianas acusações, não apenas pervertendo sua mensagem, mas duvidando de suas motivações. Paulo não fazia do seu ministério uma plataforma de relações públicas. Ele era um arauto, e não um bajulador. Jamais transigiu com a verdade para agradar a homens e jamais vendeu sua consciência para auferir alguma vantagem pessoal (2Co 2.17). Paulo era um apóstolo, e não um apóstata.

Por isso que o apóstolo afirmou que "se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo" (Gl l . IO). Paulo sabia o que estava fazendo e o motivo pelo qual estava realizando. Seu único objetivo era agradar ao Deus que confiou em suas mão aquela obra.

Ninguém pode ser um autêntico ministro do evangelho e, ao mesmo tempo, procurar agradar aos outros transigindo nas verdades do evangelho (l co 4.3-6). Paulo considerava que era seu dever falar "não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova o nosso coração". Todos os crentes no evangelho de Cristo devem ter como alvo, assim como Paulo o tinha, agradar a Deus, mesmo que isso importe em desagradar a alguém.

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. ANTONIO VITOR LIMA BORBA