Lição 1 - A Igreja diante do Espírito da Babilônia I

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ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

TERCEIRO TRIMESTRE DE 2023

Adultos - A IGREJA DE CRISTO E O IMPÉRIO DO MAL: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia

COMENTARISTA: Douglas Roberto de Almeida Baptista

COMENTÁRIO: Pr. Caramuru Afonso Francisco

INTRODUÇÃO AO TRIMESTRE

Agradecemos ao Senhor por estarmos dando início a mais um trimestre letivo da Escola Bíblica Dominical, quando estaremos a estudar o tema “A Igreja de Cristo e o império do mal: como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia”.

Após termos estudado sobre os relacionamentos familiares, que, como vimos, é uma condição “sine qua non” para que tenhamos uma vida espiritual sadia, falaremos do embate que há entre a Igreja de Cristo e este mundo onde ela está inserida.

No ano passado, precisamente no terceiro trimestre, estudamos sobre as “sutilezas de Satanás”, que são os falsos ensinos, as distorções da Palavra de Deus que o inimigo semeia no meio do povo de Deus, por meio de agentes infiltrados, lobos vestidos de ovelhas (Cf. Mt.7:15), que introduzem heresias no meio dos servos do Senhor (II Pe.2:1).

São forças malignas que atuam no interior do rebanho do Senhor, que procuram fazer tropeçar os servos de Deus, digamos assim, “dentro das quatro paredes do templo".

Entretanto, não é esta a única forma de atuação do maligno. A Igreja de Cristo foi edificada na Terra, Jesus veio a este mundo, fez-Se homem para edificar a Sua Igreja e, por isso mesmo, embora o Seu reino não seja deste mundo (Cf. Jo.18:36), a Sua Igreja foi edificada neste mundo e, neste mundo, peregrina até o dia em que daqui for levada para Se encontrar com o Seu Senhor nos ares (Jo.17:11,14,15; I Pe.1:17; I Ts.4:17).

Ora, o mundo de que estamos a falar não é o mundo físico, criado por Deus (Gn.1:1; Hb.11:3; Sl.24:1), mas o sistema dominado pelo maligno, que tem como príncipe Satanás, que escraviza o homem que está no pecado (Jo.8:34; 12:31; Ef.2:2; I Jo.2:15-17; 5:19).

Como afirma, com muita propriedade, o item 8 do Cremos da Declaração de Fé das Assembleias de Deus, a Igreja é “…o corpo de Cristo, coluna e firmeza da verdade, una, santa, universal assembleia dos fiéis remidos de todas as eras e todos os lugares, chamados do mundo pelo Espírito Santo para seguir a Cristo e adorar a Deus…”.

Ainda a mesma Declaração de Fé afirma que: “…A Igreja é um grupo de pessoas chamadas por Cristo para fora do mundo a fim de pertencer a Jesus [Rm1:6], ter comunhão com Ele [I Co.1:9] e fazer parte da família espiritual de Deus [Ef.2:19] …” (DFAD XI.1, p.68).

Logo se verifica que há uma oposição entre a Igreja e o mundo, oposição esta muito bem explicada pelo Senhor Jesus, que disse que o mundo O havia odiado e odiaria a todos os Seus seguidores (Jo.15:17-20).

Isto nos faz lembrar a missionária e poetisa sacra Hedwig Elisabeth Nordlund (esposa do missionário Gustav Nordlund, pioneiro das Assembleias de Deus no Rio Grande do Sul), que afirmou em seu poema: “O mundo de ilusão deixei, a senda de pecado e dor, pra ir ao meu glorioso lar, ali há gozo, paz e amor. No mundo não está meu lar, aqui não posso descansar, mas quero sempre avançar, no céu em breve hei de entrar” (primeira estrofe e estribilho do hino 203 da Harpa Cristã).

O mundo é inimigo de Deus (Tg.4:4) e, deste modo, não pode haver qualquer comunhão ou acordo entre a Igreja e o mundo. Não é, pois, por acaso, que o mundo é denominado “império do mal” no título do nosso tema do trimestre, porque é, efetivamente, o sistema dominado pelo maligno, por Satanás, que as Escrituras dizem ter “o império da morte” (Hb.2:14).

A Igreja saiu do mundo, não quer mais viver segundo o curso do mundo, abandonou o pecado e o mal e, portanto, como ainda está no mundo, torna-se um “corpo estranho” e, como tal, será atacado pelo mundo, assim como nosso organismo ataca todo e qualquer elemento estranho que nele ingresse como, por exemplo, bactérias, protozoários ou vírus.

Este mundo busca, pois, atacar a Igreja, assim como atacou o Senhor Jesus, mas, assim como Nosso Senhor (Jo.16:33), também venceremos o mundo, se nos mantivermos fiéis a Deus até o fim (I Ts.1:9,10; Mt.24:13).

Aliás, por conta desta luta incessante entre a Igreja e o mundo é que o Senhor nos diz que no mundo sempre teremos aflições (Jo.16:33). Estas aflições são o resultado deste embate, jamais haverá uma boa convivência entre a Igreja e o mundo, sendo, bem por isso, extremamente enganoso e perigoso buscar-se uma felicidade terrena ou confundir a salvação com um estado de bem-estar material ou terreno, como tem muitos pregado, como os arautos da teologia da prosperidade e de sua coirmã, a teologia da confissão positiva.

Este mundo é, também, chamado nas Escrituras de “Babilônia” (Ap.17:5; 18:1,2), porque, em Babel se iniciou a rebeldia deliberada contra o Senhor.

No episódio da torre de Babel (Gn.11:1-9), toda a humanidade se rebelou contra Deus, sob o comando de Ninrode, querendo construir uma civilização sem Deus, em desafio ao Senhor e o resultado disto foi a confusão das línguas e a destruição de toda aquela comunidade única pós-diluviana, que deu origem às diversas nações que hoje existem (Cf. Gn.10), que são os “gentios” ou as “gentes” mencionados no texto sagrado.

O “espírito da Babilônia” mencionado no subtítulo de nosso trimestre nada mais é, pois, que este espírito maligno de rebeldia contra Deus, fomentado pelo primeiro rebelde, o querubim ungido que se tornou “Satanás”, i.e., o adversário, que domina sobre toda a humanidade sem Deus e sem salvação, os “filhos do diabo”, como o disse o Senhor Jesus (Jo.8:44) e foi repetido pelo apóstolo João em seus ensinos (I Jo.3:8-10).

Por isso, não podemos amar o mundo nem o que no mundo há (I Jo.2:15) e, por consequência, devemos viver de tal maneira que sempre nos oponhamos a este mundo, pois, assim o fazendo, estaremos nos credenciando para viver com o Senhor eternamente.

Quem é amigo do mundo constitui-se em inimigo de Deus (Tg.4:4) e, diante deste espectro, torna-se indispensável sabermos como nos conduzir para que aborreçamos o mundo e amemos a Deus.

A capa da revista do trimestre mostra um farol, que, no meio das trevas, mostra luz aos que estão a navegar, sinalizando o lugar, dando rumo e direção aos que estão em viagem.

Sem dúvida, esta ilustração nos lembra que, como povo de Deus, somos a luz do mundo (Mt.5:14), refletindo, pelo Espírito Santo, a glória de Jesus (II Co.3:18; Fp.2:15), Que é a luz do mundo (Jo.8:12; 9:5).

Esta oposição entre luz e trevas está na própria circunstância criada pela vinda de Cristo a este mundo. O apóstolo João mostra-nos que Jesus é a vida e, como vida, é a luz dos homens (Jo.1:4) e que, portanto, quem O segue anda na luz.

Aliás, como o Senhor disse a Paulo, o papel da Igreja nada mais é que abrir os olhos dos homens e os converter das trevas à luz e do poder de Satanás a Deus, a fim de que recebam a remissão dos pecados e sorte entre os santificados pela fé em Jesus (Cf. At.26:18).

Como disse o apóstolo Pedro, a Igreja é a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido que anuncia a virtude d’Aquele que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz (I Pe.2:9).

A Igreja foi posta como a sentinela mencionada pelo profeta Isaías no capítulo 21 de seu livro, que ficava sobre a torre de vigia durante noites inteiras (Is.21:6,8).

Devemos, em meio às trevas espirituais do mundo, anunciar a luz, brilhar como luz, não se envolver com o pecado e apontar à humanidade Jesus Cristo, para que elas venham a andar na luz, como na luz estamos (Cf. I Jo.1:5-7).

É precisamente esta manutenção nossa na luz em meio às trevas espirituais deste mundo que se constitui no tema a estudarmos neste trimestre.

Depois de uma lição introdutória, teremos quatro blocos no trimestre e uma conclusão.

No primeiro bloco, analisaremos a visão distorcida do mundo com relação a Deus e ao pecado, estudando a deturpação da doutrina bíblica do pecado, bem como a falsa ideia do progressismo (lições 2 e 3).

No segundo bloco, analisaremos como o mundo, a pretexto de valorizar o homem, querendo sobrepor-lhe a Deus, na verdade o desvaloriza e à vida (lições 4 e 5).

No terceiro bloco, analisaremos as deturpações mundanas a respeito da sexualidade (lições 6 a 8).

No quarto e último bloco, veremos como devemos, enquanto Igreja, enfrentar os valores mundanos (lições 9 a 12).

Por fim, teremos uma lição conclusiva (lição 13).

O comentarista deste trimestre é o pastor Douglas Roberto de Almeida Baptista, presidente da Assembleia de Deus de Missão do Distrito Federal e do Conselho de Educação e Cultura da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, tendo sido o relator da Comissão Especial que redigiu a Declaração de Fé das Assembleias de Deus e que já há alguns anos comenta as Lições Bíblicas.

B) LIÇÃO Nº 1 – A IGREJA DIANTE DO ESPÍRITO DA BABILÔNIA

A Igreja é um corpo estranho neste mundo dominado pelo maligno.

INTRODUÇÃO

- Neste trimestre, estaremos a estudar o tema do embate entre a Igreja e o mundo, denominado no título deste estudo como “o império do mal”.

- A Igreja é um corpo estranho neste mundo dominado pelo maligno.

I – A OPOSIÇÃO ENTRE A IGREJA E O MUNDO

- Estamos dando início a mais um trimestre letivo da Escola Bíblica Dominical, um trimestre temático, onde estaremos a estudar o embate entre a Igreja e o mundo, que o título denominou de "império do mal”.

- Quando nos utilizamos da expressão “mundo”, devemos, antes de mais nada, não confundirmos os dois principais significados desta palavra. “Mundo”, por primeiro, significa o universo físico, todas as coisas que foram criadas por Deus. Neste sentido, aliás, o escritor aos hebreus fala em “mundos” (Hb.11:3). Este mundo é a criação de Deus (Sl.24:1).

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 COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO

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