Lição 5 - A sutileza do materialismo e do ateísmo I

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ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

TERCEIRO TRIMESTRE DE 2022

Adultos - OS ATAQUES CONTRA A IGREJA DE CRISTO - As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Cristo

COMENTARISTA: JOSÉ GONÇALVES DA COSTA GOMES

COMENTÁRIO: PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO

LIÇÃO Nº  5  – A SUTILEZA DO MATERIALISMO E DO ATEÍSMO

INTRODUÇÃO

- Nos dias em que vivemos, ganharam destaque o materialismo e o ateísmo, pensamentos existentes ao longo da história da humanidade.

- A Igreja tem sido influenciada pelo crescimento destes pensamentos.

I – O PENSAMENTO MATERIALISTA AO LONGO DOS SÉCULOS

- O mundo sem Deus, que está no maligno (I Jo.5:19b), tem, ao longo da sua existência, privilegiado dois pensamentos que, vez por outra, alcançam a adesão de milhares, de milhões de seres humanos: o materialismo, que é a posição que se recusa a crer em algo além do puramente material, que se volta única e exclusivamente para as coisas da natureza, para as coisas desta terra e o ateísmo, que é a recusa à crença na existência de Deus.

- Nos dias difíceis em que estamos vivendo, o materialismo e o ateísmo têm alcançado grande projeção no “modus vivendi” das pessoas, ainda que, nos últimos tempos, a atuação maligna seja mais forte no sentido de exploração do vazio existencial decorrente do ápice que materialismo e ateísmo tiveram no século XX, mormente mediante a filosofia materialista histórica, que chegou a dominar praticamente metade do mundo quando da implantação dos regimes de inspiração marxista-leninista, que desmoronaram a partir do final da década de 1980, ainda que o movimento comunista prossiga alcançando a mentalidade de importantes segmentos, sem se falar que é a China, hoje, uma candidata a superpotência mundial e seja um país com tal inspiração.

- O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa define materialismo como sendo a “doutrina que identifica, na matéria e em seu movimento, a realidade fundamental do universo, com a capacidade de explicação para todos os fenômenos naturais, sociais e mentais”. Como ensinam Hilton Japiassu e Danilo Marcondes, “…de modo gera, portanto, o materialismo nega a existência da alma (…), bem como a realidade de um mundo espiritual ou divino cuja existência seria independente do mundo material. O próprio pensamento teria uma origem material, como um produto dos processos de funcionamento do cérebro.…” (Materialismo.In: Dicionário básico de filosofia, p.163).

- O materialismo caracteriza-se, portanto, como todo e qualquer pensamento que entende que, no universo, só existe a matéria, ou seja, substância sólida, corpórea. Este pensamento não é novidade na história da humanidade. Os primeiros filósofos ocidentais, na Grécia, voltaram-se para a discussão a respeito do que seria a matéria e não poucos deles viram a realidade como sendo puramente material.

- O primeiro deles foi Demócrito (460-370 a.C.), que apresentou uma teoria em que “supõe a gênese da natureza, e até da alma humana, a partir do movimento, da agregação e da dissociação de porções mínimas e indivisíveis de matéria, os átomos, que não foram criados nem antecedidos por qualquer divindade ou força imaterial”. Para este filósofo, cuja teoria foi denominada de “atomismo”, portanto, a origem de todas as coisas era fruto dos átomos, partículas materiais que seriam as fontes de todas as coisas que existiam no universo, átomos estes que não teriam sido criados por ninguém. Tudo, inclusive a alma, seria material, portanto, formada destes átomos.

- O pensamento de Demócrito encontrou grande guarida no mundo grego e, por conseguinte, em todo o mundo conhecido de então, já que Demócrito viveu numa época em que a cultura grega estava se espalhando pelo mundo todo, tendo tido receptividade em vários povos e movimentos, entre os quais destacamos os seguintes:

a) Epicuro e seus seguidores, os epicureus (At.17:18) – Epicuro, outro filósofo grego (341-270 a.C.), foi influenciado pelo pensamento de Demócrito, tendo fundado um movimento filosófico que durou por alguns séculos na Grécia e em Roma. Para ele, os átomos eram a explicação última do mundo e nada existiria a não ser os átomos e o vazio entre eles. Por isso, entende que não se deve perguntar sobre a existência de Deus e defende que se deve buscar o máximo prazer nesta vida, pois, depois da morte, nada haveria. Por isso, os epicureus estranharam tanto a pregação de Paulo a respeito da ressurreição e de Jesus. A influência do pensamento de Epicuro foi tão grande entre os judeus que o Talmude (o segundo livro sagrado do judaísmo) chega a chamar aquele que ataca a fé como sendo “o epicurista”.
OBS: Eis o texto do tratado “Pirke Avot” (Ética dos Pais) do Talmude: “Rabi Eleazar diz: Sê diligente no estudo da Tora, sabe o que deves responder ao epicurista…” (2:19a) (apud Irving M. BUNIM. A ética do Sinai. Trad.Dagoberto Mensch, p.121).

b) os saduceus (Mt.22:23; Mc.12:18;Lc.20:27) – A seita judaica dos saduceus, que parecem retirar seu nome de Zadoque, que, segundo alguns, é o sumo sacerdote nos tempos de Davi e Salomão e, segundo outros, um discípulo de Antígono de Soco, mestre judaico que foi um dos “homens da Grande Assembleia”, o grupo formado por Esdras e Neemias para serem os grandes estudiosos e intérpretes da lei em Israel após o exílio, tinha como sua característica principal o materialismo, a total descrença na alma ou na existência de algo além da matéria, fruto inegável da influência exercida sobre eles do pensamento filosófico grego materialista.

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 COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO

Esboço da Lição 5: A sutileza do materialismo e do ateísmo - Pr Caramuru Afonso Francisco
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Slides da Lição 5: A sutileza do materialismo e do ateísmo - Pr Caramuru Afonso Francisco
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