Lição 11 - Lucas-Atos: o modelo pentecostal para hoje III

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ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2022

A SUPREMACIA DAS ESCRITURAS: a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus

COMENTARISTA: Douglas Roberto de Almeida Baptista

COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

LIÇÃO Nº 11 – LUCAS-ATOS: O MODELO PENTECOSTAL PARA HOJE

Texto: Lucas 1.21,22; Atos 2.1-4

Introdução: A atividade do Espírito Santo e suas implicações na vida cristã são o padrão bíblico adotado pelo crente pentecostal. Lucas-Atos são dois volumes de autoria do médico amado (Cl 4.14).

I - O EVANGELHO DE LUCAS: O ESPÍRITO SANTO NO MINISTÉRIO DE CRISTO

1. O Espírito Santo no Evangelho.

1.1. Lucas registra os fatos acerca da vida e obra de Cristo (Lc 1.1-3)

1.2. É enfatizado o papel do Espírito no advento do Espírito Messias. A ação do Espírito é percebida:

. Na vida do precursor de Cristo, João Batista (Lc 1.13,15)

. Na vida de Isabel e Zacarias (Lc 1.13,67)

. Na concepção virginal de Maria (Lc 1.35)

. Na vida de Simeão ao conhecer o Messias antes de morrer (Lc 2.25-32)

1.3. É ressaltado o poder de Cristo em batizar no Espírito Santo e com fogo (Lc 3.16)

2. O Espírito Santo e o batismo de Cristo

2.1. O batismo de Jesus no Jordão:

. O céu se abriu (Lc 3.21)

. O Espírito Santo desceu sobre Ele em forma de pomba (Lc 3.22a)

. Uma voz do céu dizia: “Tu és o meu Filho amado” (Lc 3.22)

2.2. Com o batismo foi marcado o início do ministério público de Jesus (Lc 4.1,14,18)

2.3. O batismo de Jesus serviu para João Batista confirmar que Jesus era o Cristo (Jo 1.32,33)

3. O Espírito Santo e a tentação de Cristo.

. Jesus no deserto para ser tentado:

. Após o batismo nas águas, e Jesus estava cheio do Espírito Santo (Lc 4.1a)

. Jesus foi impelido pelo Espírito ao deserto, e lá foi tentado pelo Diabo (Lc 4.1b; 4.2a)

. Jesus manteve a comunhão com o Pai por meio da oração e do jejum (Lc 4.2b)

. Cristo venceu o Diabo pelo poder do Espírito e da Palavra de Deus (Lc 4.4,8,12,13)

4. O Espírito Santo e a missão de Cristo.

4.1. Jesus voltou à Galileia, conduzido pelo Espírito (Lc 4.14)

4.2. Após ministrar em alguns lugares, dirigiu-se para Nazaré (Lc 4.15,16)

4.3. Na sinagoga, ao abrir o rolo de Isaías, leu a passagem que dizia: “O Espírito do Senhor é sobre mim” (Lc 4.18; cf. Is 61.1,2)

. Ao terminar a leitura, o Senhor afirmou: “hoje se cumpriu esta Escritura” (Lc 4.21)

. Aqui, o Senhor declara que a unção do Espírito qualifica seu ministério para: (Lc 4.18,19)

. Evangelizar

. Curar

. Libertar

. Restaurar os pecadores

II - ATOS DOS APÓSTOLOS: O ESPÍRITO SANTO NO MINISTÉRIO DA IGREJA

1. O Espírito Santo em Atos

1.1. A sequência dos fatos após a conclusão do Evangelho de Lucas

. Lucas anota que Jesus instruiu os discípulos a esperarem o revestimento de poder do alto (Lc 24.49)

. Após o Senhor ter sido elevado aos céus, em Atos vemos o andamento dessa narrativa (At 1.1-4)

1.2. A ação do Espírito em Atos

. Lucas mostra que o derramamento do Espírito era a capacitação para a evangelização (At 1.8)

. Cerca de 120 discípulos voltaram a Jerusalém em busca do revestimento de poder (At 1.12-15)

. Atos registra a ação do Espírito Santo na Igreja, continuando a obra de cristo (At 2.38)

2. A promessa cumprida no Pentecostes.

2.1. O batismo no Espírito Santo

. O batismo no Espírito Santo remonta à profecia de Joel (J1 2.28).

. Cristo a ratificou como sendo “a promessa do Pai” (At 1.4).

. O cumprimento se deu no dia de Pentecostes (At 2.1).

. Os discípulos foram cheios do Espírito Santo e falaram em outras línguas (At 2.4)

2.2. Sinais sobrenaturais marcaram o advento do Espírito Santo:

. O “som como de um vento” (At 2.2);

. As “línguas como que de fogo” (At 2.3).

2.3. Desses fenômenos, somente o falar em línguas se repetiria nos demais registros de Atos

2.4. Sendo cheios do Espírito, começaram a pregar pelo poder do Espírito (At 2.43,47)

3. A expansão da Igreja Primitiva.

3.1. O poder do Espírito capacitou os crentes para a propagação do Reino de Deus

. Já no primeiro sermão, Pedro anunciou Cristo com intrepidez, e quase 3.000 almas se converteram (At 2.36,38,41)

. Após a cura do coxo à porta do Templo, e a ministração da Palavra, quase 5.000 se renderam ao Senhor (At 3.8,19; 4.4)

. Felipe, na virtude do Espírito, pregou em Samaria, e vidas foram salvas (At 8.5-13)

. Cornélio e sua casa receberam o Evangelho pelo mover do Espírito (At 10.24-29)

. Paulo, cheio do Espírito, alvoroçou o mundo, e milhares de almas foram salvas e curadas pela pregação do Evangelho (At 9.15,17; 17.6; 19.10; 24.5)

III - UM MODELO PENTECOSTAL PARA A IGREJA DE NOSSOS DIAS

l. O revestimento de poder do alto

1.1. A promessa está em vigor para todos os salvos, em todas as épocas (At 2.38,39)

1.2. A experiência pode ocorrer junto ou após à regeneração (At 8.15-17; 10.44-46)

1.3. Ressalta-se que, no Pentecostes, os discípulos já tinham o Espírito Santo (Jo 20.22)

. Todo salvo em Jesus recebe o Espírito Santo na conversão (Gl 3.2)

. Porém, o batismo no Espírito Santo é algo distinto do Novo Nascimento

. É o recebimento de poder espiritual para realizar a obra (At 1.8)

. É o poder para uma vida cristã vitoriosa (At 6.8-10)

. É o poder para uma adoração mais profunda (1Co 14.26)

1.4. A exemplo dos primeiros cristãos, a igreja hodierna deve buscar o revestimento de poder (Lc 11.13)

2. As línguas como evidência inicial

2.1. “Glossolalia” (Gr) indica que as "línguas” concedidas pelo Espírito podem ser humanas ou celestiais (1 Co 13.1).

. No Pentecostes, os discípulos falaram “línguas” (At 2.4).

. Em Cesareia, o centurião e a família falaram “línguas” (At 10.46)

. Os irmãos em Éfeso falaram “línguas” (At 19.6)

. Em Samaria, e na vida de Paulo, as “línguas” estão implícitas (At 8.17,18; 9.17).

2.2. O “falar em línguas” é a evidência inicial do Batismo no Espírito Santo.

2.3. A instrução bíblica diz: “procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas” (1Co 14.39)

2.4. As línguas só cessarão quando Cristo voltar (1Co 13.8-10)

3. A plenitude do Espírito Santo.

3.1. A experiência pentecostal não ficou restrita ao tempo dos Apóstolos (At 2.39)

3.2. A expressão “do meu Espírito derramarei” (At 2.17) :

. Aponta para o início da dispensação do Espírito

. Mostra que a efusão será contínua até “o grande e glorioso dia do Senhor” (At 2.20).

3.3. A plenitude abrange:

. O “fruto do Espírito” (G1 5.22)

. As manifestações espirituais, tais como: profecias, sonhos, visões, prodígios e sinais (At 2.17,19).

3.4. O Espírito Santo permanece em ação na vida da Igreja

. Ele é que capacita e conduz o povo de Deus (Jo 16.13,14).

. A Bíblia ensina “Enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18)

Conclusão: Lucas descreve a capacitação do Espírito Santo no ministério de Jesus, e no ministério da Igreja. Esse revestimento de poder na vida do crente não é apresentado como dom para salvação, mas como a unção dos salvos para o testemunho e o serviço cristão. Esse é o padrão bíblico adotado pelo pentecostal submisso ao ensino das Escrituras Sagradas.

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