Lição 7 - A Bíblia transforma as pessoas V

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SUPERINTENDENCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2022

Adultos - A SUPREMACIA DAS ESCRITURAS: a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus

COMENTARISTA: DOUGLAS ROBERTO DE ALMEIDA BAPTISTA

COMENTÁRIO: SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO

 

LIÇÃO Nº 7 – A BÍBLIA TRANSFORMA AS PESSOAS

INTRODUÇÃO

A presente lição nos falará a respeito do poder da Palavra de Deus que é viva e eficaz; que sua mensagem, por meio do evangelho tem a capacidade de transformar a vida do mais vil pecador, pois ela tem poder regenerador; e, que a verdadeira mensagem do evangelho anuncia arrependimento e conversão.

I – O PODER DA PALAVRA DE DEUS

Mais que um registro histórico, a Bíblia é a Palavra de Deus. Tendo esta autoridade, ela tem um poder extraordinário ratificado pelo próprio Deus. A Bíblia diz que todo o universo foi criado pela palavra de Deus, mostrando o Seu poder criativo: “Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados” (Hb 11.3-a). Deus falava e tudo vinha a existência: “E disse Deus: Haja” (Gn 1.3-a). O salmista também assevera isso: “Louvai-o, céus dos céus, e as águas que estão sobre os céus. Que louvem o nome do Senhor, pois mandou, e logo foram criados” (Sl 148.4). Por meio do profeta Isaías, o Senhor asseverou também a eficácia da Sua Palavra dizendo: “Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, mas regam a terra e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei” (Is 55.10,11). E, também, Deus também falou ao profeta Jeremias sob o poder convencedor da Sua Palavra: “Não é a minha palavra como fogo, diz o Senhor, e como um martelo que esmiúça a penha?” (Jr 23.29). Por fim, o escritor anônimo da epístola aos Hebreus assevera: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz [...]” (Hb 4.12-a).

II – O PODER DO EVANGELHO

O termo deriva-se do grego ‘euangelion’ e significa literalmente: “boa notícia” ou “boas novas” (ANDRADE, 2016, p. 176). O Evangelho são boas novas de perdão dos pecados, de salvação para a alma e de vida eterna em Cristo Jesus (Mt 11.5; Mc 1.15; Lc 9.6; At 8.1; Rm 1.15). Por meio do evangelho, Deus revela seu poder de transformar a vida de todo aquele que crê. Notemos:

2.1 A mensagem de Jesus era uma mensagem de transformação. O Evangelho não é apenas uma mensagem, é uma pessoa, a pessoa de Jesus (Mc 1.1; Lc 2.10,11). Quando apareceu no cenário de Israel, Jesus chamou os homens ao arrependimento (Mt 4.17; Lc 13.3). Ele afirmou que pregava aos pecadores, porque eles precisavam de arrependimento (Mt 9.12); que também veio buscar e salvar o que se havia perdido (Lc 19.10). Ele mudou a vida de Pedro (Lc 5.1-11); de Madalena, da qual expulsou sete demônios (Lc 8.2); do gadareno que vivia oprimido por Satanás, em uma condição deplorável (Mc 5.1-15); da mulher samaritana (Jo 4); Saulo de Tarso, conforme o seu próprio testemunho: “Aquele que já nos perseguiu anuncia, agora, a fé que, antes, destruía.” (Gl 1.23).

2.2 A mensagem apostólica era uma mensagem de transformação. A pregação de Pedro, após o Dia de Pentecostes, chamava aos homens ao arrependimento e mudança de vida: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor” (At 3.19). O apóstolo Paulo, por sua vez, por onde passava anunciava o evangelho e conclamava os homens a deixarem a sua vida de pecado: “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam” (At 17.30). Em sua segunda viagem missionária, na cidade de Éfeso, pregou a palavra com ousadia e o resultado da transformação foi extraordinário. Os habitantes de Éfeso abandonaram a feitiçaria e a idolatria segundo o registro Lucas: “Muitos dos que tinham crido vinham, confessando e publicando os seus feitos. Também muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros e os queimaram na presença de todos, e, feita a conta do seu preço, acharam que montava a cinquenta mil peças de prata. Assim, a palavra do Senhor crescia poderosamente e prevalecia” (At 19.18-20). Quando foi instado a testemunhar em sua defesa, Paulo disse que foi chamado para pregar o evangelho cuja mensagem é transformadora (At 26.18). 2.3 A mensagem da igreja é uma mensagem de transformação. A igreja foi incumbida de evangelizar o mundo, a fim de trazer as pessoas das trevas para a luz (1Pd 2.9). É bom dizer que a evangelização consiste na comunicação ao pecador a respeito de sua condição de escravo do pecado (Rm 3.23; 6.23); da natureza e consequência dessa escravidão (Mc 16.16; Rm 5.18); do amor de Deus e de Sua providência, por intermédio de Jesus Cristo para salvação da humanidade (Jo 3.16; Rm 5,8); e da chamada divina para uma decisão por Cristo Jesus (Mt 11.28; Mc 16.15).

III - A CAPACIDADE TRANSFORMADORA DA BÍBLIA

Uma das maiores evidências de que a Bíblia é um livro de origem divina, é por causa de sua capacidade de transformar pessoas. O verbo “transformar” segundo o dicionário significa: “fazer ou tomar nova feição ou caráter; converter” (HOUAISS, 2001, p. 2751). Tal mudança é chamada na Bíblia de novo nascimento. Teologicamente o “novo nascimento” ou “regeneração” é “o milagre que se dá na vida de quem aceita a Cristo, tornando-o participante da vida e da natureza divina. Através da regeneração o homem passa a desfrutar de uma nova realidade espiritual” (ANDRADE, 2006, p. 317 – acréscimo nosso). A palavra regeneração no grego é “palinginesia” formada da expressão “pálin”, 'novamente', e “génesis”, 'nascimento', significa, portanto: “novo nascimento”. Paulo disse que a partir do novo nascimento a pessoa se torna uma nova criatura: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2Co 5.17). O novo nascimento não é produzido pelo próprio homem, nem pela religião, centros de ressocialização ou qualquer outro meio terreno. Abaixo destacaremos os meios pelos quais o homem pode ser regenerado:

4.1 Pela Palavra de Deus (O instrumento da Regeneração). O Mestre Jesus ensinou que o novo nascimento é operado através da Palavra de Deus: “Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água […], não pode entrar no reino de Deus” (Jo 3.5). A água de que fala o Senhor é meramente um símbolo de purificação, como ensinava o AT. Logo, esta água aqui é símbolo da Palavra (Jo 15.3; Ef 5.26) e não as águas do batismo. O batismo em si não pode lavar pecados nem regenerar o pecador. Na verdade, a Palavra de Deus é a divina semente (1Pd 1.23) e o agente purificador (Jo 15.3; 17.17). Quando ela é aplicada em nosso coração pelo Espírito Santo, acontece o milagre do novo nascimento. É o que Tiago nos diz: “[…] ele nos gerou pela palavra da verdade […]” (Tg 1.18). A expressão “palavra da verdade” refere-se ao Evangelho (2Co 6.7; Cl 1.5; 2Tm 2.15). Normalmente no NT, o vocábulo “palavra” indica a mensagem cristã. O uso mais comum é “palavra de Deus” (At 6.2; 8.14; 13.46; Rm 9.6; 1Co 14.36; Ef 6.17; 2Tm 2.9; Ef 1.13).

4.2 Pelo Espírito Santo (O agente da Regeneração). A regeneração é mencionada nas Escrituras como uma ação do Espírito. No AT os profetas falaram dessa atividade do Espírito Santo (Is 32.15; Ez 36.27; 37.14; 39.29; Zc 12.10). Jesus disse a Nicodemos que o homem precisa “nascer da água e do Espírito” (Jo 3.5). O apóstolo Paulo também ensinou isto (Ef 4.24; Tt 3.5). O Espírito Santo esteve presente na criação do homem (Gn 2.7; Jó 33.4); de igual modo está presente na recriação deste homem (Jo 3.5; 20.22). A menção ao vento, aludindo a atividade do Espírito mostra que se trata de algo sobrenatural (Jo 3.8). Veja também (Ez 37.9; At 2.2). Zuck (2008, p. 220) é categórico ao afirmar que “alcança-se a regeneração apenas por intermédio da obra do Espírito Santo, não por meio de qualquer esforço humano”.

V – A GENUÍNA MENSAGEM DO EVANGELHO

Vivemos dias difíceis onde algumas pessoas preferem mudar o evangelho do que serem mudadas pelo evangelho. Têm surgido no cenário mundial, outros evangelhos, cuja mensagem não anuncia transformação nem tem poder transformador. Paulo previu essa distorção quando disse que

5.1 Condena o pecado, mas ama o pecador. Embora Deus ame a essas pessoas, Ele reprova o mau comportamento delas (Jo 8.11; 1Co 6.9,10). O fato de Jesus estar constantemente cercado por pessoas de má fama, e considerado grandes pecadores, sempre escandalizou os líderes religiosos da época, como os fariseus. Entretanto Deus, apesar de detestar o pecado, ama imensamente cada pecador, e deseja ardentemente libertá-lo do domínio do pecado (Jo 8.10,11). E o fato de Cristo estar sempre cercado por pessoas assim, prova isso, pois Deus não olha o tamanho do pecado (Rm 3.21-24), mas sim, o coração humilde que clamar pela misericórdia de Deus (1Jo 1.7-9).

5.2 Ressocializa os perdidos e marginalizados. Cremos que, pessoa alguma, por pior que esteja, jamais está fora do alcance da graça (2 Pd 3.9), do amor e do poder de Deus “[…] ainda que os vossos pecados sejam como a escarlate, eles se tornarão brancos como a neve [...]” (Is 1.18). Paulo disse que o que Deus fez com ele, serviu de demonstração da grandeza da Sua graça, para com qualquer pessoa: “a mim, que, dantes, fui blasfemo, e perseguidor, e opressor; mas alcancei misericórdia, porque o fiz ignorantemente, na incredulidade. E a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e o amor que há em Jesus Cristo. Esta é uma palavra fiel e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas, por isso, alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda a sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer nele para a vida eterna” (1Tm 3.13-16).

5.3 Leva o pecador a abandonar o pecado. O arrependimento para o qual Jesus chama e o qual Deus ordena a todos os homens é em relação a Deus (At 17.30; 20.21; 11.18); ao pecado (Ap 9.21; 22.17); às obras mortas (Lc 13.3,5; Hb 6.1); à descrença no evangelho de Jesus Cristo. “[…] arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1.15).

CONCLUSÃO

Uma das maiores proezas da Palavra de Deus é a sua capacidade transformadora. Os críticos da Bíblia podem não acreditar que ela seja, inspirada, inerrante e infalível, mas jamais poderão negar sua capacidade regeneradora.

REFERÊNCIAS

• ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico. CPAD.

• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

Fonte: http://portal.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/ Acesso em 11 fev. 2022