Lição 4 -A estrutura da Bíblia III

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ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2022

A SUPREMACIA DAS ESCRITURAS: a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus

COMENTARISTA: Douglas Roberto de Almeida Baptista

COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

LIÇÃO Nº 4 – A ESTRUTURA DA BÍBLIA

Texto: Lucas 24.44-49.

Introdução: A Bíblia se divide em Antigo e Novo Testamentos, totalizando 66 livros, divinamente inspirados. Toda ela é nossa única regra de fé e prática

I – COMO A BÍBLIA ESTÁ ORGANIZADA

1. Definição do termo Bíblia

1.1. Bíblia (Gr: biblos): ‘livro’, tem conotação de qualidade sagrada

1.2. Por volta do ano 150 d.C. os cristãos passaram a usar o termo em grego a bíblia (os livros) para referir-se ao conjunto de livros inspirados por Deus

1.3. A coleção de livros sagrados forma um único livro: A Bíblia ou ‘as Santas Escrituras’ (Rm 1.2)

2. O Cânon da Bíblia

2.1. ‘Cânon’: (Hb: qãneh) = Vara de medir; (Gr: kanõn) = régua

2.2. ‘Cânon’: Na teologia é empregado como ‘norma’ de avaliação para identificar os livros sagrados

. São os 66 livros aceitos como divinamente inspirados

. O cânon já está completo e nada deve ser tirado ou acrescentado (Ap 22.18,19)

3. Os dois Testamentos bíblicos.

3.1. Testamento: aliança, pacto, concerto de Deus com a humanidade

(Gr) diatheke

(Latin) testamentum

(Hb) berith

3.2. A expressão “Antigo Testamento”

. Paulo usou esse termo (2Co 3.14)

. Era conhecido por Jesus como ‘As Escrituras’ (Mt 22.29)

. Era conhecido por Jesus como ‘a Lei, os Profetas e os Salmos’ (Lc 24.44)

. “Novo Testamento”: foi usado para se referir ao cumprimento profético de Jesus como o Mediador da Nova Aliança (Jr 31.31; 1 Co 11.25, Hb 8.6-13; 12.24).

. Essa expressão também passou a designar os escritos inspirados dos cristãos igualmente reconhecidos como “as Escrituras” (2Pe 3.15,16)

II – O ANTIGO TESTAMENTO

1. Os Livros do Antigo Testamento

a) Pentateuco (Lei): constituído por 5 livros de Gênesis a Deuteronômio;

b) Históricos: formado por 12 livros de Josué a Ester;

c) Poéticos: composto de 5 livros de Jó a Cantares de Salomão; e,

d) Proféticos:

Profetas Maiores com 5 livros de Isaías a Daniel

Profetas Menores com 12 livros de Oséias a Malaquias

2. A divisão utilizada pelos judeus era tripartida:

2.1. Divisão da Bíblia judaica (Lc 24.44)

a) a Lei

b) os Profetas

c) os Salmos ou Escritos

2.2. São os mesmos 39 livros do Antigo Testamento

3. Canonicidade do Antigo Testamento

3.1. Existem três fatores basilares na avaliação de um livro canônico, a saber:

. A inspiração divina (Ne 9.30; Zc 7.12; 2 Pe 1.21)

. Reconhecimento do povo de Deus (Êx 24.3,7; Dn 9.2)

. Preservação pelo povo de Deus (Dt 31.24-26; Dn 9.2).

3.2. Desde o início esses documentos atestaram veracidade (Jz 3.4)

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4. Particularidades do Antigo Testamento.

4.1. Quase a totalidade dos livros foram escritos em hebraico, ‘língua de Canaã’ (Is 19.18).

4.2. Algumas porções foram inscritas em aramaico, uma espécie de dialeto que deu origem à língua árabe (cf: Gn 31-47; Ed 4.7-6.8; 7.12-26; Dn 2.4 -7.28; Jr 10.11).

4.3. O último livro canônico foi o do profeta Malaquias que o concluiu antes do ano 430 a.C.; desde então, nada mais pode ser acrescido ao cânon do Antigo Testamento

4.4. Para facilitar a tarefa de citar a Bíblia, em 1.227 d.C. o Antigo Testamento foi dividido em capítulos, e, por volta de 1.445 d.C., o Antigo Testamento foi dividido em versículos. (teólogo Norman Geisler)

III – O NOVO TESTAMENTO

1. Os livros do Novo Testamento

1.1. São divididos em quatro grupos

. Evangelhos, que são os 4 livros de Mateus, Marcos, Lucas e João;

. Histórico, formado pelo livro de Atos dos Apóstolos;

. Epístolas, que se subdivide em Epístolas Paulinas com 13 cartas de Romanos a Filemom; as Epístolas Gerais com 8 cartas de Hebreus a Judas; e

. Revelação, constituída pelo livro de Apocalipse.

1.2. O conjunto totaliza 27 livros chamados de canônicos (1Co 2.4,13)

2. Canonicidade do Novo Testamento.

2.1. São reconhecidos como Palavra de Deus e inspirados por Deus

. Há várias provas (1Ts 2.13; 2Tm 3.16; 2Pe 1.21).

2.2. Desde o início os escritos falsos foram refutados pela Igreja (2Ts 2.15; 2Pe 2.1; 1Jo 4.1).

2.3. Os primeiros cristãos adotaram a prática de leitura dos livros autorizados em suas reuniões e cultos (1Ts 5.27; Cl 4.16; Ap 1.3).

2.4. A Igreja Primitiva reconheceu e preservou os livros canônicos, alicerçada sobre o fundamento dos Apóstolos e dos Profetas (Ef 2.20)

3. Particularidades do Novo testamento.

3.1. Todos os livros do Novo Testamento foram escritos em grego ‘koiné’

. Era o dialeto da cultura e fala grega

. Auxiliou na propagação do Evangelho (At 19.10)

3.2. Algumas expressões, mesmo redigidas no vernáculo grego, possuem significado em aramaico

. Talita cumi – “Menina, levanta-te” (Mc 5.41)

. Aba Pai – “Lit.: Pai, pai; ‘Meu Pai” (Mc 14.36)

. Eloí, Eloí, lamá sabactâni? – “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?” (Mc 15.34)

3.3. O conjunto dos livros canônicos foi escrito antes do término do século I.

3.4. O último livro é o Apocalipse de João (96 d.C.) e desde o encerramento do cânon, os cristãos reconhecem apenas os 27 livros como inspirados.

3.5. Em torno de 1.555 d.C., o Novo Testamento também foi dividido em versículos

Conclusão: Os critérios para avaliação da canonicidade são a inspiração, o reconhecimento e a preservação dos livros como Palavra de Deus. A comprovação desses critérios revela que as Escrituras foram aceitas e preservadas como livros autorizados por Deus

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