ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2025
Adultos - CORPO, ALMA E ESPÍRITO: A restauração integral do ser humano para chegar à estatura completa de Cristo
COMENTARISTA: Silas Queiroz
COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS
LIÇÃO Nº 2 – O CORPO: A MARAVILHOSA OBRA DA CRIAÇÃO DE DEUS
Texto: Salmos 139.1-4,13-18.
Introdução: A ciência busca desvendar os mistérios do corpo humano, mas o crente descansa em saber que é obra da poderosa e perfeita mão de Deus.
I. A MARAVILHOSA OBRA DE DEUS
1. Do pó da terra
1. Deus fez o corpo do homem (adam) do pó da terra (adamah) (Gn 2.7)
a. Composta por cerca de 37 trilhões de células, tecidos, órgãos e sistemas
b. Seu funcionamento desafia a mais moderna ciência.
2. Como o Criador, valendo-se de uma matéria-prima tão comum, fez uma obra tão extraordinária, complexa e completa?
a. Esse mistério só pode ser entendido pela fé, como tudo o mais que Deus criou no Universo (Hb 11.3; At 17.22-28; Rm 11.33-36)
2. Deus, o Autor da vida
2.1. De uma das costelas de Adão, formou Deus a mãe de todos os viventes, Eva (Gn 1.27; 3.20)
a. Um corpo igualmente maravilhoso
b. Um corpo distinto em anatomia, fisiologia e genética
2.2. Os descendentes dos primeiros pais demonstram que Deus é o autor da vida (Sl 139.13-15; Jr 1.5)
3. A individualizada formação integral
3.1. Deus forma espírito, alma e corpo de cada ser humano, conforme ocorre o ato de procriação que 3.2. Ele mesmo estabeleceu, pela união íntima de homem e mulher (macho e fêmea) (Gn 4.1; Sl 33.15; Zc 12.1; Is 57.16).
3.3. As Escrituras falam claramente da existência de vida humana completa (corpo, alma e espírito) ainda no ventre (Gn 25.22; Lc 1.15,39-44; Gl 1.15).
a. O aborto é uma grande perversidade
b. Deve-se dar o valor à maternidade com cuidado e proteção (Sl 127.3-5; Sl 128.3).
c. Uma boa nutrição física, afetiva e espiritual deve começar desde o início da gestação
II. O CORPO E A GLÓRIA DE DEUS
1. O divino tecelão
1.1. Davi revela Deus como o tecelão da formação do corpo humano (Sl 139.13-15)
1.2. A Bíblia na versão Tradução Brasileira (TB) usa a expressão “primorosamente tecido”, adjetivando a ação divina descrita nos versículos 13 e 15.
1.3. É relevante considerar que a ciência reconhece a formação dos órgãos e sistemas do corpo humano exatamente dos tecidos formados pelas células presentes no embrião
2. Entendimento e louvor
2.1. Há um sentimento de louvor e gratidão pela formação do corpo humano (Sl 139.14)
a. Davi demonstrou verdadeira fé “a minha alma o sabe muito bem”
b. A fé produz entendimento e percepção espiritual corretos, gerando quietude interior
2.2. Quando o homem não se reconhece como obra do Criador:
a. Vive inquieto em busca de explicações sobre si mesmo
b. Torna-se vítima dos mais variados enganos, como a teoria evolucionista.
c. Não glorifica a Deus e se perde em um mundo de idolatria e depravação (Rm 1.18-32)
3. O perigo dos extremos
3.1. A humanidade tem oscilado entre dois extremos sobre o valor e a importância do corpo
3.2. Correntes de pensamentos espalharam ideias que viam a matéria de forma negativa, considerando o corpo algo essencialmente mau
a. O maniqueísmo
b. O platonismo
c. O gnosticismo
d. De outro lado, havia o culto ao belo, como na Grécia Antiga.
3.3. Vícios, automutilações e outras atitudes desonram o corpo (Lv 19.28; Pv 23.29-35; 1Ts 4.4)
3.4. Há o narcisismo moderno
a. Ele é marcado pela supervalorização do corpo em detrimento da alma e do espírito
3.5. A idolatria do “eu” leva à prática excessiva:
a. De selfies
b. De publicações de si mesmo em redes sociais,
c. De cuidados estéticos (2Tm 3.2; 1Pe 3.3-5)
. Cosméticos e físicos em excesso
3.6. Cuidar do corpo é importante, mas sem exageros
3.7. O cristão deve ser equilibrado em tudo (1Co 6.12)
4. Princípios ou regras?
4.1. O viver cristão moderado consiste, acima de tudo, na observância dos princípios bíblicos
1. Um deles é fazer tudo para a glória de Deus (1Co 10.31)
2. É Aplicável às práticas mais simples de nosso cotidiano
3. É um parâmetro espiritual mais eficaz que regras rígidas
4.2. As regras rígidas e inflexíveis podem nos levar ao legalismo (Mt 23.1-7,23)
4.3. Reflita: O que fazemos com o nosso corpo glorifica a Deus ou visa agradar a nós mesmos? (Rm 14.21; 15.1-7).
III. O CORPO E A COLETIVIDADE
1. A prática relacional
1.1. Deus nos fez seres relacionais, gregários, sociáveis.
. Isso está explícito na ordem de procriação e enchimento da terra (Gn 1.28).
. Por isso, temos necessidades e deveres que vão além de nossa individualidade.
. Não fomos criados para viver isolados social ou afetivamente.
1.2. Embora os recursos digitais tragam muitas comodidades para o homem moderno, o contato físico continua sendo essencial para a vida humana.
. A troca de afetos por meio de expressões corporais não é substituída pela frieza da tecnologia
. As práticas relacionais reais exigem o envolvimento do corpo (Tg 1.27; 2.14-18)
. Como está nossa comunhão?
2. A prática congregacional
2.1. O corpo é um elemento fundamental do culto divino
2.2. Há uma necessidade da reunião coletiva, da vida congregacional (Hb 10.24,25)
2.3. Muitos são induzidos a uma fé individual ou meramente virtual
a. São falsos discursos que criticam a igreja como instituição
2.4. Sejamos sábios e prudentes: movimento dos desigrejados é antibíblico e altamente prejudicial à verdadeira vida cristã (Ef 4.1-3; 1Ts 5.11-15)
3. Tecnologia e culto
3.1. O corpo precisa não apenas estar presente no templo, mas envolver-se diretamente com o culto.
a. A Bíblia enfatiza o aspecto corporal intenso da adoração (2Cr 7.1-4; Sl 27.4; 100.2-4; At 2.41-47).
b. Deus quer a expressão de todo o nosso corpo em louvor ao seu nome (Sl 150.6; At 4.24,31; 1Co 14.26; 1Tm 2.8).
3.2. Os recursos tecnológicos da atualidade se usados sem moderação podem nos distrair ou deixar inertes no culto.
a. Até a educação secular já reconhece os prejuízos desse exagero tecnológico!
Conclusão: A verdadeira adoração ao Criador abrange a integralidade de nosso ser, o que inclui todo o nosso corpo (Rm 12.1; 1Co 6.20). Reconhecer-se como obra das mãos de Deus leva-nos a nos render à Sua soberania e permanecer confiando em Seu eterno poder (Jó 1.20-22; 2.10; 19.25-27). Que saibamos possuir nosso corpo em santificação e honra (1Ts 4.4).
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