ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2025
Adultos - A IGREJA EM JERUSALÉM: Doutrina, comunhão e fé: a base para o crescimento da Igreja em meio às perseguições
COMENTARISTA: José Gonçalves
COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS
LIÇÃO Nº 8 – UMA IGREJA QUE ENFRENTA OS SEUS PROBLEMAS
Texto: Atos 6.1-7.
Introdução: Uma igreja cheia da sabedoria do Espírito age sabiamente para resolver conflitos de relacionamentos.
I. A IDENTIFICAÇÃO DOS CONFLITOS
1. Conflito de natureza cultural dentro da Igreja
1.1. Lucas cita um conflito entre os “gregos” e “hebreus” (At 6.1a)
a. ‘Gregos’ = Está relacionado aos judeus helenistas
. ‘helenistas’: São os que haviam emigrado para outros países e que, por conta disso, falavam somente a língua grega
b. ‘Hebreus’ = era uma referência aos judeus de Jerusalém que se comunicavam principalmente em hebraico (aramaico)
1.2. Havia, portanto, uma barreira de natureza cultural por conta da língua
a. Essa barreira cultural trouxe um conflito de relacionamento
b. Era necessário lutar pela união da igreja (Sl 133.1; 1Co 1.10)
c. Deve haver contentamento entre o povo (At 6.5a)
1.3. Os apóstolos, ao saberem do problema, buscaram uma solução (tinha zelo pela igreja 2Co 11.2)
a. Eles não podiam deixar a igreja se desintegrar
b. Era a hora de se assentar e analisar o problema (Lc 14.31-32)
1.4. A unidade da igreja não pode ser ameaçada por conflito de qualquer natureza
a. Há conflitos que são difíceis de resolver (2Tm 4.14)
b. Há conflitos que abalam toda a igreja (1Co 3.1-4)
2. Conflito de natureza social dentro da igreja
2.1. Lucas explica a razão do conflito (At 6.1)
a. As viúvas de fala grega estavam sendo negligenciadas na distribuição diária.
2.2. Fica em evidência que a igreja não é só um organismo, ela também é uma organização
a. Ela tem sua esfera espiritual, mas também social (Rm 15.26)
b. Essa parte social estava em desequilíbrio e precisava de cuidados.
3. Qual é a prioridade para a igreja?
3.1. É muito comum a ideia de que o cristão deve cuidar apenas da esfera espiritual e negligenciar a social.
a. Esse não é um entendimento bíblico (Ex: Pv 21.26; Êx 25.2,8)
b. Exemplo: Um evento musical recebe grande atenção porquanto mexe com as emoções, enquanto um trabalho social numa igreja local carente conta com poucas adesões.
3.2. Negligenciar os mais necessitados é um dos pecados denunciados:
a. No Antigo Testamento (Is 58.6)
b. No Novo Testamento (Mt 25.35-38)
3.3. Não podemos ignorar a situação social dos menos favorecidos (Pv 31.9)
a. Dessa forma estamos adorando a Deus em espírito e em verdade (Jo 4.23)
II. A DELEGAÇÃO DE TAREFAS
1. O ministério da oração e da Palavra
1.1. Os apóstolos perceberam que não poderiam resolver um problema criando outro (Tg 3.17)
1.2. Tanto cuidar dos necessitados quanto o ministério da oração e Palavra era uma missão urgente da igreja (At 6.4)
a. Poderíamos dizer que são os dois lados de uma mesma moeda.
2. Não há conflito entre tarefas
2.1. Não podemos ler Atos 6 como se o ministério da oração e da pregação estivessem em oposição com o ministério de serviço social.
a. Não há essa contradição, onde um é considerado mais espiritual e o outro menos.
b. Assim, se a igreja ora e prega, mas não cuida dos necessitados, ela falha em sua missão
c. Se a igreja somente ora e não faz a parte social, perde sua essência
3. A Diaconia
3.1. Cuidar da obra social é chamado pelos apóstolos de ‘importante negócio’ (At 6.3)
a. É ‘servir as mesas’ um serviço da diaconia (At 6.3)
3.2. A palavra “diaconia” tem a ver mais com a função do que com a forma
a. Em Atos 6 está em destaque a função exercida do que o cargo ocupado
3.3. Essa narrativa bíblica fundamenta a instituição do diaconato cristão
3.4. Infelizmente, há os que enxergam um diácono como um obreiro de classe inferior (Ex: Tt 2.15)
a. No contexto bíblico, a diaconia é um serviço especial onde somente pessoas especiais, isto é, com as qualificações bíblicas exigidas, podem trabalhar. (Ef 4.1)
III. SEGUINDO OS PRINCÍPIOS CRISTÃOS
1. Privilegiando o caráter
1.1. Nas exigências das qualificações exigidas para o diaconato, o caráter ganha ênfase: (At 6.3)
a. Boa reputação (Gr: martyreo = testemunha ou mártir
. É uma pessoa que não negocia valores para exercer a função
b. Cheios do Espírito Santo
c. Cheios de sabedoria
1.2. Essa exigência são para hoje, também (1Tm 3.8; Tg 1.8)
1.3. Certamente, pastores precisam dessas qualificações, também (1Pe 5.2,3)
2. Exercitando os dons
2.1. Defender a boa ortodoxia, isto é, a doutrina correta, era importante, mas incompleto.
2.2. É possível uma pessoa ser ortodoxa, eticamente irrepreensível, contudo, não ser quebrantada e nem possuir fervor espiritual.
2.3. Da mesma forma, é possível uma pessoa exercitar os dons espirituais, contudo, não ter sabedoria nenhuma. (Ex: 1Co 13.3)
2.4. O ideal de Deus é que o cristão viva corretamente exercitando os dons espirituais com a sabedoria no exercício da diaconia (Fp 4.18)
Conclusão: A igreja “espiritual” é também social. Devemos nos dedicar tanto ao ministério da oração e pregação como também à assistência ao mais necessitados. A igreja que cuida da alma também deve cuidar do corpo.
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