Lição 4 - Uma Igreja cheia do Espírito Santo VI

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ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

TERCEIRO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - A IGREJA EM JERUSALÉM: Doutrina, comunhão e fé: a base para o crescimento da Igreja em meio às perseguições

COMENTARISTA: José Gonçalves

COMENTÁRIO: EV. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA

LIÇÃO Nº 4 – UMA IGREJA CHEIA DO ESPÍRITO SANTO

Nesta lição, veremos que a igreja primitiva tinha uma qualidade diferenciada que a tornava capaz de suportar as aflições e perseguições. Estamos falando da convicção da igreja em relação ao Evangelho. A motivação dos primeiros cristãos frente aos desafios impostos pela sociedade, bem como pelas forças imperiosas das trevas, era fruto da ação do Espírito Santo em cada coração. A perseverança dos irmãos em testemunhar as verdades da fé, mesmo em meio ao fogo das provações, refletia uma igreja convicta da sua missão e comprometida com os princípios cristãos.

O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.

UMA IGREJA PERSEVERANTE

A igreja de Jerusalém havia experimentado um grande avivamento que veio com o derramamento do Espírito no Pentecostes (At 2.1-4). Posteriormente, o encarceramento dos apóstolos provocou uma sequência de fatos que demonstraram que o fogo do Espírito não se havia arrefecido nem tampouco se apagado. Na verdade, houve uma reação organizada e coordenada por parte do clero daqueles dias para barrar a ação da igreja. Não houve, contudo, êxito nesse intento porque a igreja ainda estava impulsionada e preparada pelo poder do Espírito.

Todos que receberam o revestimento espiritual vindo do céu, que fora prometido em Atos 1.8, estavam investidos de uma ousadia espiritual que os faziam ser perseverantes independente de qualquer situação. Prisões, chicotadas, reuniões contrárias; nada disso era suficiente para esmorecer a fé daqueles que estavam comissionados a transmitir a mensagem do Evangelho.

Ser perseverante, portanto, não significa aceitar as circunstâncias passivamente nem tampouco ter uma atitude quietista diante das adversidades. Significa, sim, agir na força do Espírito Santo tendo como lastro das suas ações a orientação da Palavra de Deus, mesmo que isso signifique, como foi o caso aqui, enfrentamento. Esse fato fica bem evidente quando vemos o apóstolo Pedro opondo-se ao Sinédrio, que era a autoridade governamental judaica naqueles dias.

Todos estavam certos de sua fé, e sabiam em quem depositaram sua esperança. Eles não iriam negociar os seus princípios a fim de agradar a quem se opunha ao Evangelho. Aquele que está com uma vida constante em oração sabe que seus valores são inegociáveis, assim como fizeram aqueles três jovens ante a fornalha.

Uma igreja cheia do Espírito Santo está convicta da sua missão de pregar a mensagem da cruz independentemente das circunstâncias. Nesse sentido, essa igreja está disposta e perseverante para suportar o sofrimento e até mesmo sentir satisfação quando isso acontecer (At
5.41).

Destaque

O comprometimento da igreja primitiva não se via na beleza dos discursos, e sim em fatos que podiam ser observados por quaisquer que questionassem a razão da fé demostrada por cada irmão. Era uma igreja que não negociava seus valores, não flertava com o pecado nem flexibilizava suas práticas evangelísticas para ser aceita pela sociedade. Tais práticas revelavam uma igreja fundamentada na Palavra de Deus e cheia do Espírito Santo.

UMA IGREJA QUE ORA COM PODER

Perseverança é uma qualidade de uma igreja que ora. Não existiria uma grande sustentação espiritual diante das perseguições no primeiro século, sem uma prática constante e aplicada na oração. A oração era uma das grandes marcas da Igreja primitiva, e deve ser uma grande marca da igreja no tempo presente.

Os crentes no primeiro século oravam com propósito, buscando o auxílio de Deus em meio às suas provas, e clamando para que toda a glória do que acontecia em seu meio não os fosse atribuída, mas sim que Deus fosse glorificado por tudo que estava fazendo e pelo que viesse fazer.

Outro destaque que encontramos na característica da oração na Igreja primitiva é a oração com unidade. Essa unidade marcou aquela época, de modo que o amor e a comunhão eram tamanhos, fazendo-os vender as suas herdades para que todos fossem abençoados e agraciados pela grande comunhão.

Não existe firmeza espiritual sem a oração. Ela é o elo que, juntamente com a meditação na Palavra de Deus, nos aproxima do Pai. Sem o fundamento bíblico correto, uma igreja pode até eclodir por certo momento, mas não terá sustentação para atingir o objetivo imposto para ela: ser o canal de transmissão da Palavra de Deus para o mundo.

Destaque

A igreja começou avivada e continuou dessa forma porque estava energizada pelo poder do Espírito Santo e totalmente preparada para o que poderia encontrar pela frente. Quando as adversidades chegaram, ela não recuou, nem esmoreceu, mas, com resignação, ficou firme diante dessas circunstâncias adversas. [...] A oração é, portanto, um tema recorrente no livro de Atos dos Apóstolos. A igreja de Jerusalém estava em constante oração. Ela está presente em todos os avivamentos e, sem dúvidas, é o fundamento deles.

UMA IGREJA OUSADA NO SEU TESTEMUNHO

Recentemente temos visto um avanço de pessoas que se denominam cristãs, contudo, vivem com certas adaptações no seu evangelho. Desingrejados, aversos a autoridade pastoral, autodenominados missionários e profetas; enfim, estamos presenciando uma certa desordem no ambiente cristão, por causa de pessoas que perderam o verdadeiro fundamento de sua fé.

Precisamos voltar as virtudes do Evangelho puro e simples, sem negociar os princípios de sua mensagem para agradar pessoas pontuais. Por isso que através da oração o Senhor nos impetra ousadia para avançar e progredir anunciando o verdadeiro testemunho e a verdadeira mensagem, mesmo em tempos difíceis.

A Igreja primitiva era ousada no seu testemunho, e mesmo diante da perseguição do sinédrio não recuavam, pelo contrário, avançavam ousadamente pregando a mensagem de salvação que tirava os olhares dos rudimentos da Lei, e os colocava na única pessoa pela qual a salvação é oferecida: JESUS CRISTO.

Destaque

O comportamento observado na igreja primitiva serve de exemplo à igreja dos dias atuais. Não é difícil constatar que o nível de comprometimento da igreja atual em relação aos princípios bíblicos está muito aquém da igreja primitiva. Essa é uma verdade que deveria nos deixar extremamente desconfortáveis. Como fizeram nossos primeiros irmãos, devemos nos posicionar convictamente e corajosamente contra tudo o que se levanta contra o Senhor Jesus e reafirmar nossa fidelidade aos princípios e valores da Palavra de Deus. Que o Senhor nos encha com o Seu Espírito Santo para tal.

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. ANTONIO VITOR LIMA BORBA