Lição 1 - A Igreja que nasceu no Pentecostes VI

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ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD

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TERCEIRO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - A IGREJA EM JERUSALÉM: Doutrina, comunhão e fé: a base para o crescimento da Igreja em meio às perseguições

COMENTARISTA: José Gonçalves

COMENTÁRIO: EV. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA

LIÇÃO Nº 1 – A IGREJA QUE NASCEU NO PENTECOSTES

Estamos iniciando um novo trimestre e nesta nova oportunidade, estudaremos sobre o comprometimento e o fervor espiritual pelo Evangelho, e a conduta ilibada e santa, dos cristãos da Igreja Primitiva, os quais servem de referências para os crentes da geração atual. Em tempos de mornidão espiritual, os crentes de nossos dias precisam buscar o poder pentecostal e o genuíno avivamento da fé.

O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.

A NATUREZA DO PENTECOSTES BÍBLICO

Um novo trimestre inicia, e com ele a oportunidade de aprendermos e crescermos mais na fé. A partir do próximo domingo, aprenderemos mais sobre a Igreja em Jerusalém e seus aspectos, compreendendo assuntos que devem ser relacionados com a Igreja no tempo presente. No próximo domingo iniciaremos tratando sobre alguns aspectos relativos ao Pentecostes e como esse grande evento está relacionado diretamente com o nascimento da Igreja em Jerusalém.

O Pentecostes bíblico foi um evento de natureza teofânica, isto é, visível e audível, demonstrando, dessa forma, a presença de Deus no meio do seu povo. Isso está demonstrado pelo barulho do som como de um vento impetuoso e da manifestação das línguas como de fogo.

O evento no dia de Pentecostes foi um ato manifesto com origem totalmente divina, isto é, foi Deus quem enviou o Espírito Santo para pousar e morar nos crentes, como continua enviando até hoje.

A presença de Deus em Espírito entre o seu povo trouxe consigo manifestações teofânicas do som como de um vento impetuoso e veemente e as línguas como que de fogo. Contudo, não foi apenas isso; essa mesma presença também trouxe consigo o dom profético (At 2.17, 18). Dessa forma, fica em evidência o aspecto carismático do Pentecostes. A presença de Deus em Espírito enche o seu povo.

Destaque

A Igreja nasce no dia de Pentecostes e na cidade de Jerusalém. Quando, portanto, tratamos do nascimento da Igreja no dia de Pentecostes, há ao menos três fatos a serem levados em conta. Um é de natureza geográfica, outro é de natureza histórica e, por último, temos um de natureza teológica. Geograficamente, a Igreja nasceu na histórica cidade de Jerusalém. Foi na antiga cidade de Davi, durante os primeiros anos do primeiro século, que Deus derramou o seu Espírito de forma copiosa no dia de Pentecostes. Podemos dizer, então, que a cidade de Jerusalém foi historicamente o berço da primeira Igreja. Jerusalém, portanto, é o local de origem da Igreja-mãe de todas as outras igrejas cristãs.

O PROPÓSITO DO PENTECOSTES BÍBLICO

O revestimento de poder do Alto no Dia de Pentecostes marcou o início da Era da Igreja. Os crentes lavados e remidos no sangue de Jesus receberam o batismo no Espírito Santo com vistas a promover uma adoração sincera e espiritual que agradasse a Deus, pois o modelo de adoração e relacionamento instituídos no Antigo Testamento, por meio da lei mosaica e do testemunho dos profetas, havia sido negligenciado pelo povo da Antiga Aliança.

Graças ao revestimento de poder pelo Espírito Santo, o nosso interior foi transformado, e, com isso, o nosso coração volta-se a uma adoração verdadeira para com o Pai. Diferentemente do que ocorria na Antiga Aliança, hoje todo cristão pode rasgar o seu coração para entregar-se verdadeiramente ao Senhor.

Uma vez que o distanciamento de Deus era evidente, a vinda de Jesus veio reaproximar o Seu povo de uma adoração que fosse praticada em espírito e em verdade (Jo 4.23- 24). Nesse sentido, o derramamento de poder no Dia de Pentecostes corroborou para o processo de transição de um modelo antigo contaminado pela religiosidade farisaica para um modelo de adoração que cumpria, de fato, a vontade divina.

Outro grande fator a se destacar também, é o fato de que o crente revestido de poder recebe, da parte do Pai, uma grande ousadia para testemunhar da fé diante dos incrédulos. Esse poder para testemunhar reflete no crescimento da Igreja, que, através da proclamação do Evangelho livra as almas aprisionadas pelo reino das trevas.

Quando o crente expressa-se em adoração em outras línguas, ele está falando consigo mesmo e com Deus (l co 14.2; 14.28). Através da oração em línguas, o crente edifica a sua fé (l co 14.4). Nesse texto, fica claro o uso privativo do falar em línguas. Assim, as Escrituras mostram que a igreja que dava testemunho público com poder lá fora (At 4.33; 6.3,8; 8.5) era a mesma igreja que antes se edificava a si mesma na adoração privada. Não existe testemunho público sem adoração privada.

Destaque

Além de promover a verdadeira adoração a Deus, outra bênção originada pela manifestação de poder no Dia de Pentecostes foi justamente a capacitação da igreja para proclamar o Evangelho da graça (At 1.8). O Espírito Santo veio para reger a igreja dentro da vontade divina, ensinando todas as coisas necessárias para sua edificação espiritual, bem como capacitando-a a testemunhar a mensagem da salvação até a Volta de Jesus (Jo 14.26).

CARACTERÍSTICAS DO PENTECOSTES BÍBLICO

O Pentecostes bíblico aparece como uma grande experiência que se distingue nas Sagradas Escrituras. Os crentes que foram envolvidos pelo poder de Deus são revestidos de poder para poder proclamar o Evangelho a toda criatura com ousadia, o que destaca a ação dinâmica do Espírito Santo através da Igreja.

Convém destacar aqui que a experiência pentecostal é específica, definida e contínua. Muitos autores gastaram muita tinta na tentativa de negar a separabilidade do batismo pentecostal. Em outras palavras, contrariamente aquilo que é meridianamente claro em Atos dos Apóstolos, eles negam que o batismo no Espírito Santo seja uma experiência separada da conversão. No entendimento desses autores, o batismo no Espírito é recebido no momento da regeneração. Assim, quando alguém é salvo, também é batizado no Espírito. Nesse aspecto, o batismo no Espírito é visto pela perspectiva da iniciação cristã, e não de uma capacitação cristã, como defendem os pentecostais. Embora a experiência pentecostal possa acontecer concomitantemente com a regeneração (At 10.44-46), são, contudo, experiências distintas.

Por fim, essa experiência é real e ainda está disponível em nossos dias. Contudo, cabe-nos ensinar aos nossos alunos qual o real sentido do Batismo no Espírito Santo e seu objetivo, a fim de evitarmos banalizações no tempo presente.

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. ANTONIO VITOR LIMA BORBA