Adultos

Lição 11- A intercessão de Jesus pelos discípulos VI

ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - E O VERBO SE FEZ CARNE – Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor

COMENTARISTA: Elienai Cabral

COMENTÁRIO: EV. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA

LIÇÃO Nº 11 – A INTERCESSÃO DE JESUS PELOS DISCÍPULOS

O capítulo 17 do Evangelho de João narra um dos momentos mais pessoais entre o Pai, Jesus e os discípulos. Nesta ocasião, nosso Senhor intercede por eles de modo especial, um momento crucial de Seu ministério terreno que seria intitulado pelos estudiosos como "A oração sacerdotal de Jesus". Nesta intercessão, além de registrar Sua glorificação pelas mãos do Pai, o Mestre roga pela vida de Seus discípulos, que teriam de enfrentar tempos trabalhosos com Sua partida (Jo 16.33). Mas nosso Senhor não se limita àqueles dias. Ele ora também por todos os demais discípulos que seriam alcançados pela mensagem do Evangelho, inclusive a igreja dos tempos atuais (Jo 17.20, 21).

O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.

A ORAÇÃO DE JESUS E SUA GLORIFICAÇÃO

Essa é a oração mais magnífica feita aqui na terra e registrada em todas as Escrituras. Que privilégio enorme ouvir Deus, o Filho, conversar com Deus, o Pai. Aqui entramos no santo dos santos. Aqui nos curvamos para auscultar os mais profundos desejos do Filho de Deus antes de caminhar para a cruz.

A oração sacerdotal de Jesus transmite-nos um profundo ensinamento que Ele mesmo nos deixou, ao mais uma vez mostrar a sua preocupação em glorificar o Pai, mas também orar por aqueles que estiveram ao seu lado até aquele momento. Cristo dialoga com o Pai e suas palavras foram registradas para que entendamos em que dimensão entramos, quando vamos para o diálogo da oração.

Jesus fez três súplicas distintas nessa oração: ele orou por si mesmo, dizendo ao Pai que havia concluído sua obra aqui na terra (17.1-5); orou por seus discípulos, pedindo ao Pai que os guardasse e os santificasse (17.6-19); e orou por sua igreja, para que possamos ser unidos nele e, um dia, participarmos de sua glória (17.20-26).

Na oração que fez por si mesmo fez questão de destacar a sua condição anterior à encarnação, quando pediu para que o Pai o glorifique. Além do que, pediu para que a glória que possuíra antes que o mundo existisse, e que foi esvaziada quando veio executar a grande obra aqui na terra, fosse restaurada junto ao Pai. Isso destaca a condição anterior do Filho, possuidor de uma glória ímpar que as muitas letras não podem descrever.

Cristo veio do céu, onde desfrutou glória inefável com o Pai desde toda a eternidade. Abriu mão de sua majestade e se esvaziou e se humilhou a ponto de ser chamado apenas de filho do carpinteiro. Mas, agora, ele volta para o céu e retoma seu posto de glória, de honra e de majestade. A glória que ele receberá do Pai é a mesma que ele desfrutou na presença dele antes da criação, naquele "princípio" em que o Verbo era eterno com o Pai.

Destaque

Teria Jesus necessidade de orar? Naturalmente, iremos entender que o Jesus que precisava orar era, de fato, "o homem chamado Jesus". Essa necessidade era a do "Verbo que se fez carne" Jo l . 14). Quando dizemos que Jesus orou por si mesmo ou por sua glorificação, havia na essência desse pedido algo mais profundo, algo da sua natureza humana. Não foi um ato de egoísmo. A consciência que Jesus tinha de si mesmo revelava que desejava que seus discípulos soubessem que Ele e o Pai tinham uma comunhão capaz de um entendimento mútuo acerca da sua obra final na Terra. Ao dizer ao Pai que sua hora estava chegando, Ele estava, na verdade, dizendo ao Pai que Ele o glorificaria mediante o seu sacrificio expiatório.

A ORAÇÃO DE JESUS PELOS DISCÍPULOS

Jesus acabara de pregar um sermão falando aos discípulos sobre o Pai. Agora, ele fala ao Pai sobre os discípulos. No ministério de Cristo, pregação e oração sempre andaram juntos.

Aqueles que pregam devem também orar. Aqueles que falam às pessoas sobre Deus devem falar a Deus sobre as pessoas. Somente têm poder para falar às pessoas aqueles que primeiro falam com Deus. Essa oração deixa claro que Jesus foi o vencedor.

Em sua oração sacerdotal o Mestre fez questão de orar em específico pelos seus discípulos. Nessa parte da sua súplica, Jesus fez questão por aqueles que estavam comissionados a continuar com a missão da propagação do Evangelho, para que todos vivam em constante comunhão uns com os outros.

Aqueles que receberam do Mestre os ensinamentos necessários para prosseguir, logo após a ascensão de Cristo aos céus teriam sobre os seus ombros a responsabilidade de transmiti-las a toda criatura, e com isso enfrentariam a fúria do mundo e de todos os que se tornarão opositores das boas novas de salvação.

O mundo não compreende o poder do Evangelho. Para os que perecem, a palavra da cruz é loucura, como afirmou o apóstolo Paulo (l co 1.18). Estes são os que vivem sob a influência do príncipe deste século, por isso o pedido de Cristo destaca a sua preocupação com os discípulos, para que o Pai esteja sempre os guardando em sua caminhada.

Destaque

Jesus ora como se contasse a Deus os caminhos que tomou durante o seu ministério terreno nos versículos 4-8. No versículo 4, Jesus declara ao Pai que havia concluído a sua missão. Já no versículo 5, Jesus renova sua oração pela sua glorificação. No versículo 6, Ele diz: "manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste". Jesus declara que seus discípulos eram do Pai: "eram teus, e tu mos deste". Jesus investiu nesses homens durante quase quatro anos, e eles foram fiéis discípulos e, portanto, devidamente preparados para dar continuidade à missão evangelizadora. Ele finaliza como o versículo 8, dizendo: "porque eu lhes dei as palavras que tu me deste". Que palavra era essa que Jesus deu aos discípulos? Era a palavra do Pai, a palavra divina.

A ORAÇÃO DE JESUS PELOS QUE VIRIAM A CRER

A parte final da oração sacerdotal apontou para o futuro. Quando o Mestre falou "Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra, hão de crer em mim" (Jo 17.20); sua súplica foi feita pelos discípulos de todas as gerações que sucederiam, clamando pelos discípulos que ainda iriam crer no poder do Evangelho.

Ele clamou ao Pai para que os novos crentes vivam em unidade, a ponto de que "todos sejam um" (Jo 17.21). Sem a unidade a Igreja não prevaleceria contra as investidas do Diabo. A Igreja precisa viver em harmonia, e o mundo precisa reconhecer que os filhos de Deus caminham unidos em um só propósito.

Perceba que a ênfase de Cristo em sua oração por aqueles que ainda creriam, enfatizou a importância da unidade, pois ela também é uma marca de evangelização. Precisamos batalhar para que sejamos um com o nosso próximo, para que assim o Senhor trabalhe através dessa unidade e mais vidas se unam a nós na caminhada até o céu.

Destaque

Depois de Jesus ter orado por si mesmo e pelos discípulos, Ele orou, também, por todos os que haveriam de crer nEle. Nessa terceira parte da sua oração, Jesus clamou pela unidade da igreja que se formaria após o Dia de Pentecostes [...] Mais que uma unidade eclesiástica, mais que uma união ecumênica, Jesus orava pela unidade espiritual da sua igreja. Jesus queria algo dessa expressão, algo em essência que consiste na união dos crentes com Deus por meio dEle. Cristo orou ao Pai dizendo: "para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós" (v. 21).

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. ANTONIO VITOR LIMA BORBA

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