Lição 9 - O caminho, a verdade e a vida VI

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ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - E O VERBO SE FEZ CARNE – Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor

COMENTARISTA: Elienai Cabral

COMENTÁRIO: EV. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA

LIÇÃO Nº 9 – O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA

A lição desta semana destaca a declaração de Jesus como único caminho, a verdade e a vida disponível à humanidade (Jo 14.6). O mesmo versículo endossa que ninguém pode aproximar-se do Pai a não ser por meio dEle. A primeira afirmativa expressa o consolo de Cristo disponível a Seus discípulos. Desde então, eles poderão contar com a presença do Consolador para os confortar e fortalecer o ânimo diante das adversidades (Jo 14.16). Concomitantemente, eles podem desfrutar da esperança da vida eterna prometida aos que creem no Unigênito Filho de Deus (Tt I .2). 

O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.

CONSOLO E PROMESSA DO SENHOR JESUS

Jesus estava se despedindo dos seus discípulos. Aquela era a quinta-feira do Getsêmani, a quinta-feira do suor de sangue, a quinta-feira da traição de Judas, a quinta-feira da negação de Pedro, a quinta-feira da prisão de Jesus. ] Diante de tudo isso, os discípulos estão com o coração turbado. O coração aqui é o eixo em torno do qual giram os sentimentos e a fé, bem como a mola mestra das palavras e ações. A alma deles é uma tempestade. E nesse contexto que Jesus se levanta como terapeuta da alma, a fim de confortá-los.

As palavras de Jesus mostram o papel de um grande líder diante de uma situação conturbada. Ele sabia que o tempo do seu sofrimento era chegado, e que o clima naquela reunião ficara pesado diante disso. Os corações estavam entristecidos, e por isso Ele agiu prontamente para confortá-los.

Coração turbado é a coisa mais comum no mundo. Esse problema atinge pessoas de todos os estratos sociais, de todos os credos religiosos e de todas as faixas etárias. Nenhuma tranca consegue manter fora de nossa vida essa dor. Um coração pode ficar turbado pelas pressões que vêm de fora ou pelos temores que vêm de dentro. Até mesmo os cristãos mais consagrados precisam beber muitos cálices amargos entre a graça e a glória.

Diante da incerteza, somente a fé trará a paz aos nossos corações. E é isso que Cristo conclama aos seus discípulos: "credes em Deus, crede também em mim" (Jo 14. l). O Mestre convidara os onze a adentrar em uma nova dimensão, algo jamais visto ou ouvido por um judeu. Ele convidou a todos a entenderem que sua morada celestial estaria reservada através da fé nEle.

A fé em Cristo é o remédio para a doença do coração turbado. As crises vêm. Os problemas aparecem. As tempestades ameaçam. Os ventos contrários conspiram contra nós, mas "continuem crendo em mim", aconselhou Jesus. As sombras cairão sobre nós. A perseguição virá. A cruz é inevitável, mas "continuem confiando em mim", exortou Jesus. As prisões e os açoites nos alcançarão. O sofrimento e a morte nos apanharão, mas "continuem confiando em mim", instruiu Jesus. A solidão, a crise financeira, a doença, o luto, a dor, as lágrimas, os vales profundos, as noites escuras virão, mas "continuem confiando em mim", conclamou Jesus. A cruz será um espetáculo horrendo, os homens me cuspirão no rosto e me pregarão na cruz, mas "continuem confiando em mim", declarou Jesus. A fé em Jesus é o único remédio para um coração turbado. A fé olha para Jesus, e não para a tempestade.

Destaque

Jesus conforta seus discípulos dizendo que, da mesma maneira que eles creem em Deus como seu refúgio no denso nevoeiro da vida, deveriam crer também em Cristo. Com isso, Jesus reafirma sua divindade. Mas o que significa crer em Jesus? A forma do verbo no indicativo e no imperativo significa: "Já que vocês confiam em Deus, continuem confiando em mim". Essa não é apenas uma fé intelectual; um assentimento racional não pode nos ajudar na hora da tempestade. Essa também não é apenas uma fé intelectual e emocional; esse é o tipo de fé dos demônios: eles creem e estremecem. Essa, finalmente, não é fé na fé.

DÚVIDAS, INCERTEZAS E ENGANOS NO CAMINHOS COM CRISTO

O diálogo avança e uma nova informação surge: "não sabemos para onde vais e como podemos saber o caminho?" (Jo 14.5). Essas palavras foram proferidas por Tomé, e destacaram muito mais além do que uma simples pergunta, elas apresentaram uma grande realidade que todos nós um dia enfrentaremos: a incerteza.

Não é incomum que, durante a nossa trajetória de fé, venhamos enfrentar um sentimento de dúvida sobre qual direção seguir. Como humanos que somos, as incertezas sempre irão bater a nossa porta, pois não entendemos plenamente como o mundo espiritual age em nossa vida.

Contudo, precisamos permanecer firmes diante da promessa que nos foi revelada em João 14, sabendo que um dia Ele retornará para nos buscar e nos conduzir para estarmos para sempre com o nosso Senhor. Essa é a grande promessa que deve mover a Igreja do Senhor nos últimos dias.

Destaque

A segunda lição revelada nesta passagem bíblica ressalta as dúvidas, incertezas e enganos deparados durante a caminhada de fé em Cristo. Assim como os discípulos, que possuíam compreensão limitada acerca do Caminho, da nova vida como seguidores de Cristo e da suficiência da graça, semelhantemente enfrenta mos dúvidas e incertezas que tentam comprometer nossa fidelidade a Deus. Nesse sentido, o cuidado com a vida espiritual requer disciplina e foco para não confundirmos as prioridades à medida que trilhamos o Caminho, que tem seu aspecto árduo (Jo 16.33).

CAMINHO, VERDADE E VIDA

Por fim, precisamos olhar para a resposta de Jesus a pergunta de Tomé: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" (Jo 14.6). Cristo se apresenta como suficiente para que o pecador caído possa chegar até o Pai, e com isso transmite aos discípulos qual caminho devem buscar seguir: Ele mesmo!

Quando Ele declarou "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14.6), a mente de seus discípulos foi aclarada e as dúvidas se dissiparam. Em seu discurso final, Jesus queria, de fato, ter a oportunidade de comungar com eles. Ele o fez, um pouco antes, no capítulo 13, na última grande ceia. Naquela oportunidade, Jesus deulhes a grande lição de humildade que de veria ser vivida pelos seus discípulos, quando Ele tomou uma bacia com água e lavou os pés daqueles homens (Jo 13.1-17). Entretanto, alguns dos seus discípulos ainda tinham dificuldades para aceitar a separação do seu Mestre.

Como o caminho, Jesus é o caminho de Deus para o ser humano - todas as bênçãos divinas descem do Pai por meio do Filho e o caminho do ser humano para Deus. Como a verdade, ele é a realidade última em contraste com as sombras que o precederam, além de ser aquele que se opõe à mentira, a fonte fidedigna da revelação redentora, a verdade que liberta e santifica. Como a vida, Jesus é aquele que tem vida em si mesmo, é a fonte e o doador da vida, aquele que veio para que tenhamos vida em abundância. Sem Cristo, não pode haver nenhuma verdade redentora, nenhuma vida eterna; portanto, nenhum caminho para o Pai.

Que no nosso coração entendamos, e com a nossa boca venhamos professar para todo mundo ouvir, que Cristo é a suficiência que a alma aflita precisa para encontrar o Pai. Somente através e por meio dEle encontraremos a salvação, e por isso a nossa fé deve estar balizada e fixada em Sua promessa.

Destaque

Jesus é a verdade — não apenas parte da verdade, mas toda a verdade. Assim como a Palavra (ou Verbo) é viva (Jo l . 1-3), tudo em Cristo e na sua mensagem é verdadeiro. E a sua verdade é absoluta (isto é, total, definitiva, incondicional, imutável, conclusiva) e uni versal (isto é, verdadeira para todas as pessoas, em todas as situações, de todos os tempos). O fato de a verdade suprema ser revelada através de Cristo é uma ênfase-chave no Evangelho de João (Jo 1.17); Jesus é a vida a verdadeira e duradoura vida espiritual está disponível apenas através de sua vida, morte e ressurreição (Jo I I .25, 26). Sua vida perfeita proporcionou o único sacrificio permanente pelos pecados que cometemos contra Deus. Aqueles que aceitam a vida e o sacrificio de Jesus a favor deles - confiando suas vidas à liderança dele - recebem o perdão dos pecados e a vida eterna com Cristo (Jo 3.15-16, 36; 5.24; 6.40, 47, 54; 10.28; 17.2-3).

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