Adultos

Lição 1 - O Verbo que se tornou em carne VI

ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - E O VERBO SE FEZ CARNE – Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor

COMENTARISTA: Elienai Cabral

COMENTÁRIO: EV. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA

LIÇÃO Nº 1 – O VERBO QUE SE TORNOU CARNE

Nesta primeira lição, veremos que o Verbo de Deus entrou na história humana, tornando-se um ser humano com a finalidade de nos salvar dos pecados. O primeiro capítulo constitui o prólogo do Evangelho de João. Isso significa que nessa parte do livro podemos encontrar os primeiros elementos que introduzem o tema, bem como as explicações sobre o conteúdo do livro. Nesse sentido, a definição do "logos" tem a finalidade de revelar a natureza de Jesus Cristo, isto é, a realidade de que, de fato, Ele é o Enviado de Deus e que devemos crer nEle para alcançarmos a salvação (Jo 3.16).

O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.

O EVANGELHO DE JOÃO

O Evangelho segundo João é ímpar entre os quatro Evangelhos. Relata muitos fatos do ministério de Jesus na Judeia e em Jerusalém que não se acham nos Sinóticos, e revela mais a fundo o mistério da sua pessoa. O autor identifica-se indiretamente como o discípulo "a quem Jesus amava" (Jo 13.23; 19.26; 20.2; 21.7,20). O testemunho dos primórdios do cristianismo, bem como a evidência interna deste Evangelho, evidencia João, o filho de Zebedeu, como o autor. João foi um dos doze apóstolos originais de Cristo, e um dos três mais chegados a Ele (Pedro, Tiago e João).

João, entre 80-95 d.C., escreve este Evangelho com o propósito de que todos venham a crer "que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome" (Jo 20.31). O apóstolo escreveu para que os incrédulos venham conhecer e crer em Jesus e assim serem salvos no Seu nome. Como segundo propósito João escreveu para que os que já criam em Cristo permanecessem firmes em sua fé, fugindo assim dos falsos ensinos que os rodeavam à época (Jo 17.3).

Segundo testemunhos muito antigos, os presbíteros da igreja da Ásia Menor pediram ao venerável ancião e apóstolo João, residente em Éfeso, que escrevesse este "Evangelho espiritual" para contestar e refutar uma perigosa heresia concernente à natureza, pessoa e deidade de Jesus, propagada por um certo judeu de nome Cerinto. O Evangelho segundo João continua sendo para a igreja uma grandiosa exposição teológica da "Verdade", como a temos personalizada em Jesus Cristo.

O Evangelho de João possui uma posição ímpar dentre os quatro Evangelhos, pois, noventa por cento de seus escritos são particulares, ou seja, não são encontrados nos sinóticos. Além do que, tendo como propósito central apresentar a Cristo como o Filho de Deus, o Evangelho segundo João ocupa uma posição apologética diante dos escritos bíblicos, por isso, "em todos os tempos, João é o Evangelho mais lido e comentado".

Os escritos do Evangelho de João apresentam um grande e rico conteúdo quanto aos aspectos e pessoas da Trindade, descrevendo desde o seu capítulo 1, a Cristo como sendo um com o Pai desde o princípio como Criador, que encarnou recebendo o Espírito Santo em Seu batismo e veio com a grande e maravilhosa missão de salvar a humanidade caída (Jo 1; 3.14- 21). João apresenta a profunda mensagem da Trindade operando na salvação do homem.

Outro aspecto relevante a se destacar em João, e logo em seu primeiro capítulo, é que o apóstolo destaca a eternidade do Pai e do Filho (Jo 1.4). Cristo, assim como o Pai, não possui uma data de criação ou de início. Eles são eternos, e, assim como o Espírito Santo, estavam criando no princípio tudo e todos.

Destaque

João começa seu Evangelho denominando Jesus de "o Verbo" (gr. Logos). Mediante este título de Cristo, João o apresenta como a Palavra de Deus personificada e declara que nestes últimos dias Deus nos falou através do seu Filho (Hb 1.1). AS Escrituras declaram que Jesus Cristo é a sabedoria multiforme de Deus (1 Co 1.30; Ef 3.10,11; Cl 2.2,3) e a perfeita revelação da natureza e da pessoa de Deus (Jo 1.3-5,14,18; Cl 2.9). Assim como as palavras de um homem revelam o seu coração e mente, assim também Cristo, como "o Verbo", revela o coração e a mente de Deus.3

JESUS, O VERBO DE DEUS

João começa o seu Evangelho denominando Jesus de "o Verbo" (gr. Logos). Mediante este título de Cristo, João o apresenta como a Palavra de Deus personificada e declara que nestes últimos dias Deus nos falou através do seu Filho (Hb 1.1). As Escrituras declaram que Jesus Cristo é a sabedoria multiforme de Deus (1 Co 1.30; Ef 3.10,11; Cl 2.2,3) e a perfeita revelação da natureza e da pessoa de Deus (Jo 1.3-5,14,18; Cl 2.9).

O evangelista descreve a Cristo como Aquele que eternamente existia junto ao Pai, destacando sua divindade e demonstrando o seu relacionamento junto ao Pai: "[...] e o Verbo estava com Deus, o Verbo era Deus" (Jo 1.1). O Cristo foi apresentado primeiro em sua característica divina, contudo João avança em seu texto finalizando o primeiro capítulo com o grande evento da encarnação: "o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1.14).

João apresenta Cristo mediante o termo grego logos, que significa "palavra", "demonstração", "mensagem", "declaração" ou "o ato da fala". Mas Oscar Cullman aponta a importância de se reconhecer que, em João 1, logos tem um significado específico: é descrito como uma hypostasis (Hb 1.3), uma existência distinta e pessoal de um ser real e específico. João 1.1 demonstra que "o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" são duas expressões simultaneamente verídicas. Isto significa jamais ter havido um período em que o Logos não existisse juntamente com o Pai. João passa, então, a demonstrar o Verbo atuante na criação. Gênesis 1.1 nos ensina que Deus criou o mundo. João 1.3 especifica que o Senhor Jesus Cristo, no seu estado pré-encarnado, fez a obra da criação, executando a vontade e o propósito do Pai".

Destaque

No princípio o Verbo, como Deus, já desfrutava de existência infinita, sem início e sem fim. A tradução de Knox exibe o sentido deste verbo, quando ele traduz a frase seguinte: "Deus tinha o Verbo morando consigo". Não conseguimos sequer começar a entender como Deus pode existir sem que haja um início. As Escrituras não tentam explicar, nem mesmo discutir o assunto. As Escrituras simplesmente afirmam que Deus é, era e sempre será. E João nos lembra, ao começar seu Evangelho, que jamais devemos nos esquecer de que Jesus, o carpinteiro de Nazaré, mestre e operador de milagres de Israel, Salvador crucificado e ressurreto, também é Deus encarnado. Eterno, imutável, imortal, o Deus único e sábio, a quem devemos honra e louvor para todo o sempre.

A ENCARNAÇÃO DO VERBO

Cristo humanizou-se para aniquilar o que tinha o império da morte, o Diabo. O autor de Hebreus mostra isso de maneira sublime e sem igual: "E, visto que os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo" (Hb 2.14).

Cristo encarnou como a grande Luz que veio iluminar aqueles que estavam andando em trevas. Ele foi o responsável por trazer a vida para aqueles que caminhavam de mãos dadas com o pecado para a morte eterna.

A partir dessa premissa, considera-se que a vinda de Cristo a este mundo cumpre o propósito de reconciliar a humanidade com o Criador (2Co 5.18,19). Uma vez que a comu- nhão havia sido rompida no Éden, em razão do pecado original (Gn 3), Cristo, o verbo encar- nado, suportando as mesmas aflições da natureza humana, vence o pecado e se oferece em sacrifício em nosso lugar para estabelecer o novo e vivo caminho pelo qual podemos ter acesso ao Pai (Hb 10.19,20).

Destaque

Cristo, o Deus eterno, tornou-se humano (Fp 2.5-9). Nele se uniram a humanidade e a divindade. De modo humilde, Ele entrou na vida e no meio-ambiente humanos com todas as limitações das experiências humanas (Jo 3.17; 6.68-42; 7.29; 10.36).

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