ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2024
Adultos - O DEUS QUE GOVERNA O MUNDO E CUIDA DA FAMÍLIA: os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração
COMENTARISTA: Silas Queiroz
COMENTÁRIO: Pr. Caramuru Afonso Francisco
LIÇÃO Nº 9 – A CONSPIRAÇÃO DE HAMÃ CONTRA OS JUDEUS
O povo de Deus é sempre perseguido neste mundo.
INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo do livro de Ester, estudaremos hoje o trecho entre Et.3:7-15.
- O povo de Deus é sempre perseguido neste mundo.
I – A CONDUTA DE HAMÃ
- Continuando a estudar o livro de Ester, analisaremos hoje o trecho entre Et.3:7-15, quando Hamã consegue convencer Assuero e obtém a permissão para exterminar o povo judeu.
- “Hamã” significa “grande”, “magnífico”, “celebrado” ou, ainda, “fortaleza”. Isto já nos mostra um pouco sobre o caráter desta personagem: alguém que se considerava grande, magnífico, que considerava que devia ser celebrado e que era uma fortaleza, alguém que é forte por si mesmo.
- Ao longo da narrativa do livro de Ester, indubitavelmente vemos que a soberba era a principal característica de Hamã. O soberbo é aquele que se considera acima de tudo e de todos, que entende que não há qualquer criatura que lhe seja superior.
- Este foi o pecado do querubim ungido, que o fez perder o lugar de destaque que possuía nos céus e se tornou o diabo. Diz-nos o texto sagrado que o querubim ungido, movido por soberba, disse no seu coração que subiria ao céu e acima das estrelas de Deus e exaltaria o seu trono (Is.14:11,12), elevou o seu coração por causa da sua formosura e corrompeu a sua sabedoria por causa do seu resplendor (Ez.28:17).
- A soberba caracteriza-se, pois, como um sentimento vindo do interior da criatura (“coração”) no qual ela se considera “o máximo”, despreza completamente a Deus e tem como factível alcançar uma posição absoluta de poder em que todos, inclusive o Senhor, devem a ela se submeter.
- Agostinho (354-430) considerava a soberba como o primeiro dos pecados e Tomás de Aquino (1225-1274) concordou com ele na sua Suma Teológica, em passagem que vale a pena reproduzir: “…Muitos movimentos podem concorrer para um mesmo pecado; entre os quais é por natureza o primeiro pecado aquele no qual primeiro se manifesta a desordem. Ora, é claro, que a desordem se manifesta primeiro no movimento interior da alma, que no ato exterior do corpo; pois, como diz Agostinho; não perde o corpo a sua santidade enquanto a alma conserva a sua. Ora, entre os movimentos íntertores, primeiro se move o apetite para o fim do que para os meios, buscados por causa do fim. Por onde, o homem praticou o seu primeiro pecado pelo primeiro desejo que pode ter de um fim desordenado. Ora, o homem estava posto num estado de inocência em que nenhuma rebelião havia da carne contra o espírito. Portanto, o seu primeiro desejo desordenado não podia ter tido por objeto um bem sensível, ao qual tendesse a concupiscência da carne, fora da ordem da razão. Donde se conclui, que o primeiro apetite humano desordenado consistiu no desejo desordenado de um bem espiritual. Ora, este não o teria ele desejado desordenadamente se o tivesse desejado na medida conveniente estabelecida pela lei divina. Donde resulta que o primeiro pecado do homem consistiu no deseja de um certo bem espiritual fora da medida conveniente. Ora, isto constitui a soberba. Por onde é manifesto, que o primeiro pecado do primeiro homem foi a soberba.…” (Suma Teológica II.II.163,1. Disponível em: https://permanencia.org.br/drupal/node/4355 Acesso em 13 jun. 2024).
- Hamã era soberbo, muito provavelmente lutou com unhas e dentes para chegar à posição a que fora posto por Assuero. É uma das características da pessoa soberba a sede insaciável por poder, exatamente para concretização do seu sentimento de superioridade.
- Notamos isto quando lemos Et.5:11, onde se verifica o que havia no coração de Hamã, como ele buscava sempre a glória de suas riquezas e toda a pompa e circunstância que envolvia a sua posição no reino, como ele tinha como objetivo de vida o desfrute do poder e a sua superioridade sobre todo o corpo administrativo persa.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO