ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
SEGUNDO TRIMESTRE DE 2024
Adultos - A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA - o caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu
COMENTARISTA: Osiel Gomes da Silva
COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS
LIÇÃO Nº 11 – A REALIDADE BÍBLICA DO INFERNO
Texto: Mateus 25.41-46
Introdução: O Inferno é um lugar real de dor, agonia e desespero. Sua realidade é um alerta para nós ao longo de nossa jornada.
I – O PENSAMENTO HUMANO A RESPEITO DO INFERNO
1. Filósofos e teólogos de mente cauterizadas
1.1. Os que vivem na incredulidade negam prontamente a realidade do Inferno
1.2. Filósofos dizem que a afirmação bíblica sobre o Inferno não é compatível com os valores éticos
1.3. Teólogos modernos e pós-modernos:
a. Negam a inspiração plenária da Bíblia
b. Enfraquecem a doutrina bíblica sobre o Inferno
. Dizem ser um pensamento pagão que deve ser erradicado da Bíblia
c. Outros chegam até a admitir que certas pessoas irão para o Inferno, mas por tempo provisório
. Dizem que serão purificadas e receberão uma segunda chance para entrar no Céu
2. O ensino do Universalismo
2.1. Outro argumento muito frequente atualmente é o falso ensino de que:
a. No final das contas, todas as pessoas irão para o Céu
b. Não haveria diferença no destino de um assassino frio e cruel para um crente que buscou ter uma vida santa, fugindo do pecado
2.2. A ideia central do Universalismo é a de que:
a. Todos somos filhos de Deus e, como Ele é um Ser de amor, não pode condenar o ser humano a uma punição eterna
3. O alerta apostólico
3.1. Esses falsos ensinos revelam:
a. A fraude que muitos intelectuais cristãos cometem a respeito do cristianismo bíblico
3.2. O que eles fazem é:
a. Transformar a verdade de Deus em mentira,
b. Negar integralmente o ensinamento bíblico a respeito da realidade bíblica do Inferno
3.3. Não por acaso, o apóstolo Paulo escreveu a respeito desses falsos ensinadores:
a. Eles teriam aparência de piedade, mas negariam sua eficácia (2Tm 3.5; cf. Mt 7.15);
b. Resistiriam à verdade (2Tm 3.8; cf. Êx 7.11);
c. Apostatariam da fé e dariam ouvido a doutrina de demônios (1Tm 4.1)
3.4. Atualmente, estamos testemunhando de maneira vívida todos os alertas apostólicos
II – COMO A PALAVRA INFERNO APARECE NA BÍBLIA
1. No Antigo Testamento
1.1. A primeira palavra a ser destacada no Antigo Testamento é Sheol,
a. “Mundo inferior dos mortos”, “sepultura”, “inferno”, “cova”
b. Ela traz a ideia do AT para “morada dos mortos”, “lugar que não tem retorno”
c. Essa palavra aparece 65 vezes no AT:
. Sepultura, lugar para onde os mortos iam (Jó 17.13; Sl 16.10; Is 38.10);
. Os fiéis seriam resgatados desse lugar (Sl 16.9-11; 49.15);
. Os ímpios não seriam resgatados de lá (Jó 21.13; 24.19; Sl 9.17; 55.15)
1.2. O ensino, no Antigo Testamento, sobre o destino das pessoas se concentrava mais para o lugar onde os corpos das pessoas iam, não para o destino da alma após a morte
a. Não há, portanto, um texto claro no AT a respeito da divisão do Sheol entre um lugar de castigo e outro de bênçãos
b. De modo geral, a palavra hebraica Sheol também é descrita como lugar de castigo (Jó 24.19)
2. No Novo Testamento
2.1. Três palavras gregas que aparecem no Novo Testamento foram traduzidas pela palavra “Inferno”:
a. Hades (traduz a hebraica Sheol)
b. Tártaro
c. Geena
2.2. A palavra hades significa:
a. “Lugar de castigo” (Mt 11.23; Lc 10.15; 16.23)
b. O estado de morte a ser experimentado no fim da vida (Mt 16.18; At 2.27,31; Ap 1.18)
2.3. A palavra tártaro:
a. Traz a ideia de um abismo mais profundo que a sepultura
b. É a habitação dos ímpios mortos em que eles sofrem punição pelas suas obras má
c. Os anjos caídos estão presos neste lugar (2Pe 2.4)
2.4. A palavra geena:
a. Aparece 12 vezes no Novo Testamento, significa “castigo eterno”
b. É uma palavra que deriva de termos hebraicos atrelados ao Vale de Hinom, ao lado sul e leste de Jerusalém
. Nesse lugar, os adoradores de Moloque sacrificavam bebês pelo fogo (2Rs 16.3; 21.6)
. O profeta Jeremias se referiu ao Vale de Hinom como de julgamento (Jr 7.32; 19.6)
c. No tempo do NT era um lugar em que se queimava o lixo da cidade
d. Essa palavra recebeu todo o simbolismo de:
. “Castigo eterno”, “fogo eterno” e “julgamento final” (Mt 23.33; 25.41,46)
. Faz jus ao termo Inferno
III – A DOUTRINA BÍBLICA DO INFERNO
1. O conceito bíblico de Inferno
1.1. À luz de Mateus 25.41, o Inferno é um lugar real
1.2. Foi criado para o Diabo e seus anjos que se rebelaram contra Ele (2Pe 2.4; Jd 12.6; Ap 12.7)
1.3. Deus jamais criaria para o o ser humano criado à sua imagem e semelhança (Gn 1.26)
a. O homem no pecado coloca-se sob o governo de Satanás (2Co 4.4)
. Será sentenciado ao mesmo lugar que Satanás
2. O que ensina a doutrina?
2.1. A realidade do Inferno é um ensino integralmente bíblico (Mt 10.28; 23.33; Mc 9.43; Lc 12.5)
a. Lugar de tristeza
b. Lugar de vergonha
c. Lugar de dor
d. Lugar de extrema agonia
2.2. Entenda que o ser humano irá para o Inferno de maneira integral: corpo e alma
a. São pessoas que desprezaram Jesus como Salvador
b. Viverão eternamente na presença do Diabo e seus demônios (Mt 25.41)
3. O castigo será eterno
3.1. Diversas passagens do Novo Testamento denotam o Inferno como lugar de castigo eterno:
a. Fogo inextinguível (Mt 3.12; Mc 9.43,48)
b. Fornalha acesa (Mt 13.42,50)
c. Trevas (Mt 8.12; 22.13)
d. Fogo eterno (Mt 25.41)
e. Lago de Fogo (Ap 19.20; 20.10,14,15)
3.2. O castigo eterno se configura como uma penalidade aos que se rebelaram contra Deus e sua Palavra.
a. Esse castigo tem relação direta com o pecado
b. É o destino do pecador logo após o julgamento do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15)
3.3. Contudo, precisamos observar algo importante:
a. A ida do ser humano para o Inferno não é uma iniciativa primária de Deus
b. É um fruto da escolha do ser humano em viver em rebelião contra o Altíssimo
c. O ensino bíblico é claro e simples:
. Os que rejeitaram a Cristo receberão o castigo eterno (Mt 25.46)
. Os que escolheram a Cristo receberão a vida eterna (Jo 5.26)
. A escolha é pessoal
Conclusão: À luz da Bíblia, a possibilidade de passar a eternidade num contexto de dor e sofrimento é real. Por isso, essa realidade deve valorizar mais a tão grande salvação que Deus providenciou para as nossas vidas e, por isso, devemos estar firmados em Jesus durante a nossa jornada de fé, pois sem Cristo, o ser humano passará a eternidade longe de Deus.
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