ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO NO IPIRANGA - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2024
Adolescentes: : Como viver no mundo à luz da Bíblia
COMENTARISTA: JÁDER CRUZ
COMENTÁRIO: PROF.ª JACIARA DA SILVA
LIÇÃO Nº 9 – OS CRISTÃOS E A PRÁTICA DA MISERICÓRDIA
Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a: compreender que Deus é justiça, e a justiça é a base de seu trono. Assim como servos de Deus, cidadãos do céu, nosso viver e ações devem ser pautados pela justice e misericórdia que encontramos na Sagrada Escritura.
Para refletir
“Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas.” (Is 1.17 - ACF).
Alivie o oprimido, mais precisamente, corrija o opressor. O profeta chama os governantes não apenas para atos de benevolência, mas para o exercício corajoso de sua autoridade para restringir os erros dos homens de sua própria ordem. Lembremo-nos que a base do trono de Deus é a justiça. A real justiça não pende para os lados, deve ser imparcial com o que pratica males contra quem quer que seja, grande em títulos ou o considerado mais pequeno e esquecido ser, pois Deus ama a todos indistintamente. Jesus morreu na cruz por todos.
Texto Bíblico em estudo: Isaias 58.5-12
Principio misericórdia e da justiça no Antigo Testamento
“Justiça” é uma das idéias centrais de toda a Bíblia hebraica, onde abundam paralelos, especificações e contextos matizados. Exprime-se através de vocabulário diversificado, sem correspondência adequada e unívoca nas nossas línguas ocidentais: tem vários matizes, como o que chamaríamos justiça distributiva, retributiva, vindicativa, justiça social, direitos humanos. Em alguns contextos não se distingue muito da misericórdia e do amor: é um aspecto de ambos. Mais do que a frequência com que sai a palavra – só a raiz şdq (como verbo, adjetivo e substantivo) aparece 523 vezes –, importa a vontade de justiça que se faz sentir em toda a revelação bíblica.
Na Bíblia hebraica o conceito de justiça dizia-se essencialmente com os substantivos mišpāţ, şedeq [צֶדֶק] e şedāqāh [צְדָקָהָ]. Mišpāţ significa “juízo”, “sentença judicial”, “lei” enquanto “direito” objetivo, “veredicto”, “decreto”, “ordem”. Os substantivos şedeq e şedāqāh têm a mesma raiz. Parecendo sinônimos, poderiam considerar-se distintos entre si: şedeq refere-se à “justiça” enquanto ordem criada, num todo bem integrado e harmonioso nas suas várias componentes, ordenador das justas relações entre os homens; şedāqāh diz “justiça, retidão” enquanto comportamento justo e reto conforme a essa ordem, enquanto “ação salvadora”. Autores recentes pensam que şedeq e şedāqāh têm substancialmente o mesmo sentido: tanto um como o outro poderiam signifi car “ordem, retidão, justiça, comportamento justo, ação salvadora”.
1. “Direito” (mišpat) é a ordem de direitos e de exigências que pertence a uma determinada relação e também a acção para manter a pessoa nesses direitos mediante decisões legais justas.
2. Şedeq e şedāqāh, coordenados em par com mišpāţ, formam uma hendíadis, designando a ordem estabelecida por Deus na comunidade de Israel e que as pessoas deveriam seguir para se comportarem corretamente. Impressiona o número de vezes em que duas destas três palavras surgem em binômio, sugerindo que cada uma delas complementa a outra.
3. Os atentados contra a justiça são entendidos como ocasionando uma perturbação na ordem cósmica, que só poderia ser restaurada pelo perdão de Deus, não enquanto credor severo que põe em ordem dívidas, mas enquanto criador que repõe o ser humano na sua condição de ser amado por Ele e que repara os danos causados ao cosmo.
Colaboração para o Portal Escola Dominical – Profª Jaciara da Silva