Juniores

Lição 2 - A mordomia do corpo V

SUPERINTENDENCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

TERCEIRO TRIMESTRE DE 2019

Adultos - TEMPO, BENS E TALENTOS: sendo um mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado

COMENTARISTA: ELINALDO RENOVATO DE LIMA

COMENTÁRIO: SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO

 

LIÇÃO Nº 2 – A MORDOMIA DO CORPO

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INTRODUÇÃO

Nesta lição trataremos da natureza material do corpo a luz da Bíblia; veremos esta parte material do homem como uma criação de Deus; pontuaremos os canais que conduzem o pecado contra o corpo; e por fim, veremos as consequências do pecado contra este tabernáculo.

I – A BÍBLIA E A NATUREZA MATERIAL DO CORPO

A definição básica de corpo é: “estrutura física e material que, juntamente com a alma e o espírito, compõe o homem” (ANDRADE, 2006, pp. 116,117). Como servos de Deus, temos a obrigação de cuidar muito bem do nosso corpo, pois ele é o templo do Espírito Santo. E, além disso, é desejo do Pai que desfrutemos de boa saúde física, mental e espiritual. A mordomia do corpo implica reconhecer que o mesmo é de Deus, e deve ser conservado santo e agradável a Ele (Rm 12.1). Vejamos o que a Bíblia nos diz sobre e natureza do corpo:

1.1 A estrutura do corpo humano. No hebraico, a palavra corpo é “basar” e no grego a palavra é “soma”. O corpo é apenas a parte tangível, visível e temporal do homem (Lv 4.11; 1Rs 21.27; Sl 38.4; Pv 4.22; Sl 119.120; Gn 2.24; 1Co 15.47-49; 2Co 4.7). O corpo é a parte que se separa na morte física. A Bíblia relata a criação do corpo do ser humano (Gn 1.26-28; 2.18-25), e a estrutura humana revela uma complexidade que a teoria da evolução jamais explicará. A Bíblia declara que Deus fez o homem do “pó da terra” (Gn 2.7; 1Co 15.47-49). O corpo é importante, pois Deus o ressuscitará (1Co 15.42), ele é o invólucro do espírito e da alma (Gn 35.18; Dn 7.15), é a parte física da constituição humana, o homem exterior, que se corrompe, ou seja, envelhece e é mortal (2Co 4.16; 1Pd 1.24). O homem é carne como criatura perecível (1Pd 1.24). A ciência afirma que o corpo é constituído de vários elementos químicos terrígenos como: (cálcio, carbono, cloro, flúor, hidrogênio, iodo, ferro, magnésio, manganês, nitrogênio, oxigênio, fósforo, potássio, silicone, sódio e súlfur), juntos eles não ultrapassam 6% de todo o corpo e o restante é composto de água, carbono e gases, concordando assim, com o relato bíblico quanto a constituição do corpo humano (RENOVATO, 2019, p. 22).

1.2 Ilustrações tipológicas da natureza material do corpo. A dimensão material do corpo revela uma obra maravilhosa; a estrutura do corpo, o arquiteto que o planejou. Podemos de maneira metafórica dizer com o corpo é comparado na Bíblia aos seguintes tipos: a) Tabernáculo ou tenda (2Co 5.1; 2Pd 1.13). Esses textos referem-se ao corpo como algo provisório, assim como o Tabernáculo o era para Israel, em sua peregrinação pelo deserto; b) Templo de Deus (1Co 6.19), aqui o termo “templo” faz alusão à adoração e que devemos prestar a Deus por intermédio do nosso corpo uma adoração (Sl 103.1), e, c) Vaso de Barro (Lm 4.2; 2Co 4.7; 2Tm 2.20,21), essa designação tem o objetivo de mostrar a fragilidade do nosso corpo e, também, destacar a importância e utilidade desses vasos para a obra de Deus (CABRAL, 1987, p. 8).

II – O CORPO HUMANO COMO CRIAÇÃO DE DEUS

2.1 O nosso corpo foi criado por Deus (Gn 1.26.27; 2.7). A Bíblia relata a criação do corpo do ser humano (Gn 1.26-28; 2.18-25). Deus criou o homem com um cuidado todo especial, e disse que era “muito bom”. Somos a obra-prima de Deus (Ef 2.10), Ele nos criou e nos formou de forma assombrosamente maravilhosa: “Eu te louvarei, porque de modo tão admirável e maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem” (Sl 139.14).

2.2 O nosso corpo foi redimido por Deus (1Co 6.20). A redenção não alcançou apenas a nossa alma, mas também nosso corpo (1Co 6.20). Não apenas nossa alma será aperfeiçoada para entrar na glória, mas também nosso corpo será glorificado para desfrutar das bem-aventuranças eternas (Fp 3.21). Nosso corpo foi comprado por um alto preço. Ele não nos pertence; é de Deus. Somos mordomos do nosso próprio corpo. Se o destruirmos, Deus nos destruirá (1Co 3.17). A mordomia do corpo implica reconhecer que o mesmo é de Deus, e deve ser conservado santo e agradável a Ele (Rm 12.1; 1Co 6.20). 2.3 O nosso corpo deve glorificar a Deus (1Co 6.20). Devemos glorificar a Deus por meio do nosso corpo (1Co 6.20; Fp 1.20; (1Ts 5.23). A salvação que Deus nos deu em Jesus não apenas trouxe bênçãos para a nossa alma e espírito, mas também para o nosso corpo físico. O mundo apresenta o corpo como um objeto de realização visual, satisfação dos desejos carnais, e outras práticas mundanas, malignas e egoístas. A constituição corpo é um ambiente criado por Deus, e com o qual devemos ter cuidado: “Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte” (Fl 1.20).

2.4 O nosso corpo deve ser consagrado a Deus (Rm 12.1). Fomos remidos e comprados por alto preço, precisamos, agora, glorificar a Deus em nosso corpo. Devemos dedicar inteiramente nosso corpo a Deus (Rm 12.1,2). Não temos mais o direito de apresentar os membros do nosso corpo ao pecado (Rm 6.1-23). Devemos, agora, usar o nosso corpo em santificação e honra (1Ts 4.4). O nosso corpo não é destinado à impureza, mas à santificação. Devemos comer, beber e fazer qualquer outra coisa para a glória de Deus (1Co 10.31). Nossos olhos devem ser puros. Nossos corações devem ser fontes de vida. Nossos pés devem caminhar por veredas de justiça. Nosso pensamentos deve ser puro e louvável (Fp 4.8).

2.5 O nosso corpo é habitação de Deus (1Co 6.19). As Escrituras chamam no corpo de “templo de Deus” (1Co 6.19). O Deus transcendente que nem os céus dos céus podem contê-lo, deleita-se em habitar plenamente em nosso corpo. Fomos feitos a “morada do Altíssimo” (Ef 1.20-23; 3.19; 5.18). Nosso corpo é o santo dos santos onde a glória de Deus se manifesta. Assim como o tabernáculo era um símbolo da igreja e a arca um símbolo de Cristo, assim, por onde andarmos, levaremos conosco a gloriosa presença de Cristo, pois ele habita em nós (Cl 1.27; 1Co 6.19,20).

<p.2.6 Devemos cuidar do nosso corpo. A Bíblia chama nosso corpo de “vaso de barro” (Lm 4.2; 2Co 4.7; 2Tm 2.20,21). Essa designação tem o objetivo de mostrar a fragilidade do nosso corpo. Como cristãos, temos uma compreensão diferente da finalidade do corpo “O homem bom cuida bem de si mesmo, mas o cruel prejudica o seu corpo” (Pv 11.17). Devemos manter o corpo em bom funcionamento, mantendo uma alimentação sadia e suprida de proteínas, verduras, frutas, legumes, cereais, etc., além de praticar exercícios físicos, dormir adequadamente; e, devemos consultar o médico em suas diversas especialidades periodicamente. Como mordomos, devemos cuidar bem do corpo tendo cuidado com o que consumimos (Pv 23.20-21; Fp 3.18-19); se exercitando com moderação (1Tm 4.6-8; 1Co 9.24-26), e permitindo que o corpo descanse (Êx 20.8-11; Mc 6.31).

III – CANAIS QUE CONDUZEM O PECADO CONTRA O CORPO

3.1 O mal uso do próprio corpo. Infelizmente estamos vivendo a época da autolatria e o culto ao corpo. O Aurélio define idolatria como: “culto prestado a ídolos” (FERREIRA, 2004, p. 1067). Teologicamente “a idolatria pode ser considerada também o amor excessivo por alguma pessoa, ou objeto. Amor este que suplanta o amor que se deve devotar, voluntária, incondicional e amorosamente, ao único e verdadeiro Deus” (ANDRADE, 2006, p. 220). Porém, em um sentido mais amplo, pode indicar a veneração ou adoração a qualquer objeto, pessoa, etc., que tome o lugar de Deus, ou que lhe diminua a honra que lhe devemos” (CHAMPLIN, 2004, p. 206). A palavra autolatria é formada por dois vocábulos gregos: “autos”, que significa “a si mesmo” e “latria”, que quer dizer “adoração”. Logo, autolatria significa “adoração a si próprio”. Esse tipo de idolatria também é conhecida como egolatria. Portanto, qualquer pessoa que use o seu próprio corpo como alvo de “culto” comete a autoidolatria.

3.2 O mal uso da visão. Jesus falou que os “olhos são a candeia do corpo” (Mt 6.22). Portanto, devemos cuidar dos olhos para que sejam luz e não trevas (Mt 6.23). As pessoas são induzidas a pecar através da “concupiscência dos olhos” (1Jo 2.16). Concupiscência é a força do desejo impuro e lascivo despertada através do que se vê. É pela visão de algo proibido, que muitas pessoas pecam contra “o seu tabernáculo” desonrando-o com o adultério, a fornicação, a imoralidade sexual e o furto (Êx 20.14:Gl 5.19-21). A Bíblia fala de: olhos altivos (Pv 6.17; Is 2.11); olhos malignos (Pv 23.6); o olho mau (Mt 6.23; Pv 28.22); olhos zombeteiros (Pv 30.17); olhos cheios de adultério (2Pd 2.14) (CABRAL, 1987, p. 8).

3.3 O mal uso do olfato e paladar. O olfato e o paladar são faculdades físicas ligadas aos instintos naturais da satisfação da fome e sede, os quais também podem se tornar condutores de pecado contra o corpo. Os pecados de glutonaria e embriaguez são estimulados pelo paladar (Lc 21.34). Quando o paladar está sob a força do poder do pecado o homem perde o controle desse instinto natural de sua vida (Gl 5.21) (CABRAL, 1987, p. 8).

3.4 O mal uso do tato. O mordomo cristão deve administrar, tanto os pés como as mãos para a glória do Senhor. Nenhum órgão do corpo pratica qualquer ato por si mesmo, porque todos são comandados pela mente. A Bíblia fala do valor das mãos: o fruto do trabalho das mãos (Pv 10.4); mãos que engrandecem (Pv 31.31); mãos que sustentam (Mt 14.31); mãos que abençoam (Mt 19.13); mãos que trabalham (1Ts 2.9). Nossos pés devem ser consagrados para andar em retidão na presença de Deus (Gn 5.24; 6.9; 17.1). Andar com sinceridade e segurança (Pv 10.9); andar na luz do Senhor (Is 2.5); não andar em trevas (Is 50.10); andar em Espírito (Gl 5.16). Nossos pés não devem andar segundo o curso do mundo (Ef 2.2); nem andar nos desejos da carne (Ef 2.3); nem andar desordenadamente, em dissolução, concupiscência (2Ts 3.6; 1Pd 4.3) (CABRAL, 1987, p. 9).

IV - CONSEQUÊNCIAS DO PECADO CONTRA O CORPO

Os pecados contra o corpo trazem consequências negativas tanto para a pessoa que o pratica quanto para outras que são levadas a cometer tais pecados. Vejamos algumas:

4.1 Doenças sexualmente transmissíveis. São resultado de uma vida promíscua e sem respeito às leis divinas. Comprovadamente, essas doenças resultam de relações sexuais ilícitas. Só o pecado pode produzir esses males contra o corpo e contra a alma. O texto de 1 Coríntios 6.12-20 exorta o crente a não expor seu corpo à prostituição por ser ele o templo do Espírito Santo (CABRAL, 1987, p. 10).

4.2 Toxicomania. É o uso de drogas narcóticas. A dependência da droga está vinculada a impulsos psicológicos e emocionais, e provoca conflitos íntimos, dando origem a neuroses, além de males de toda espécie contra o usuário, sua família, as autoridades e a sociedade em geral (CABRAL, 1987, p. 10). 1987.

4.3 Alcoolismo e tabagismo. As bebidas alcoólicas e o fumo são dois grandes males da nossa sociedade que, infelizmente, fazem parte do status. A mordomia bíblica do corpo abstém-se e condena formalmente esses dois males que tanto prejudicam a pessoa no seu todo e não apenas o seu organismo e sua saúde. A Bíblia está cheia de conselhos para que o corpo humano seja mantido puro, saudável, pois nele deve habitar o Espírito Santo (1Co 6.19,20; Rm 12.1) (CABRAL, 1987, p. 10).

CONCLUSÃO

O nosso ser humano tem uma dimensão material e outra espiritual. Nesse aspecto, a Palavra de Deus tem orientações diretas sobre o perigo do pecado contra o nosso corpo e a necessidade de vivermos em santidade diante de Deus.

REFERÊNCIAS

 CABRAL, E. Mordomia cristã. RJ: CPAD, 2003.

 __________. Lições Bíblicas de Jovens e Adultos: Maturidade Cristã. RJ: CPAD, 1987.

 __________. Lições Bíblicas de Jovens e Adultos: Mordomia Cristã: Servindo a Deus com excelência. RJ: CPAD, 2003.

 STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995.

 ___________________. Tempos, Bens e Talentos. RJ: CPAD, 2019,

 CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. SP: HAGNOS, 2009.

 ANDRADE, Claudionor Correa de. Dicionário Teológico. RJ: CPAD, 2010.

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