Lição 9 - Decidi ser fiel a Deus I

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ASSEMBLEIA DE DEUS - TEMPLO CENTRAL - NATAL-RN

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

TERCEIRO TRIMESTRE DE 2021

Adolescentes: Adolescentes da Bíblia

COMENTARISTA: LILIAN BIORK

COMENTARISTA: PROF.ª JACIARA DA SILVA

LIÇÃO Nº 9 – DECIDI SER FIEL A DEUS

Objetivo

Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir seus alunos a i compreender que a integridade de caráter implica em ter uma disposição interior para se manter fiel aos preceitos divino.

Para refletir

“Daniel, contudo, decidiu não se tornar impuro com a comida e com o vinho do rei, e pediu ao chefe dos oficiais permissão para se abster deles". (Dn 1.8 - NVI).

Introdução

A lição de hoje retrata a história de Daniel e seus três amigos (Hananias, Misael e Azarias, que veremos na próxima lição). Jovens judeus levados cativos para a Babilônia. Dos quatro rapazes — Daniel, Hananias, Misael e Azarias — a pessoa de Daniel é quem tem maior ênfase na narrativa bíblica. Sua fidelidade a Deus e integridade moral são demonstradas em meio a uma cultura pagã. Fruto da formação moral e espiritual recebida de seus pais, as atitudes de Daniel fizeram-no desafiar a ordem do rei da Babilônia, a maior autoridade do mundo de outrora.

Estamos no século 21, um tempo marcado pelo paganismo, relativismo individualismo, etc. Ao lermos a história de Daniel somos desafiados a ter firmeza de caráter, adotando uma postura moral que jamais negue a fé e a ética cristã no mundo. A integridade moral de Daniel tem muito a nos ensinar.

Texto Bíblico: Dn 1.1-21

O contexto político e espiritual de Judá

Após a deposição do seu irmão Jeoacaz, Jeoaquim (Dn 1.1) ascendeu ao trono de Judá por intermédio de Neco, o faraó do Egito (2Rs 23.34). Perversidades e rebeliões contra Deus fizeram parte do antecedente histórico do rei de Judá. No ano 606 a.C., Nabucodonosor invadiu e dominou a cidade de Jerusalém levando para a Babilônia os tesouros do Templo. Mas as pretensões de Nabucodonosor não eram somente de cunho material, e sim igualmente cultural, pois ele levou os nobres da casa real versados no conhecimento, dentre os quais estavam Daniel, Hananias, Misael e Azarias.

Depois da grande reforma política e religiosa em Judá, promovida pelo rei Josias, os filhos deste se desviaram do Deus de Israel. Os sacerdotes, a casa real e todo o povo perverteram-se espiritualmente. O rei Zedequias, por exemplo, “endureceu a sua cerviz e tanto se obstinou no seu coração, que se não converteu ao Senhor, Deus de Israel” (2Cr 36.13). Judá permitiu que a casa de Deus fosse profanada pelas abominações gentílicas. O reino do Sul conseguiu entristecer o coração do Senhor!

O império babilônico conquista o reino de Judá

A sequência do texto do primeiro versículo diz: “veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusalém e a sitiou” (v.1). Houve três incursões do rei da Babilônia contra Judá. Na primeira, o império babilônico levou os tesouros da casa do Senhor. Isto ocorreu no terceiro ano do reinado de Jeoaquim (ano 606 a.C.). Na segunda incursão, no oitavo ano do reinado de Jeoaquim, Nabucodonosor deportou os nobres da casa real (ano 597 a.C.). A última incursão deu-se no ano 586 a.C., quando o templo de Jerusalém foi saqueado, destruído e queimado, bem como os muros da cidade santa, derrubados (2Rs 25.8-21). Nabucodonosor levou os utensílios da Casa de Deus para o santuário da divindade babilônica, Marduque, chamado também de Bel, a quem o rei babilônico atribuía todas as conquistas imperiais.

A fidelidade de Daniel a Deus é provada

Daniel e os seus amigos foram colocados à prova em uma cultura diferente de uma terra igualmente estranha. A formação desses jovens chocava-se com a cultura babilônica. Em outras palavras, eles eram firmes em seu caráter! Em especial, no caso de Daniel, o seu caráter íntegro tinha a ver com a sua personalidade. Ele assentara em seu coração não se contaminar com as iguarias do rei que, como se sabe, eram oferecidas aos deuses de Babilônia. Daniel e os seus companheiros, apesar de serem bem jovens, demonstraram maturidade suficiente para reconhecer que o exílio babilônico era fruto do pecado cometido pelo povo de Judá e seus governantes.

O mundo hoje oferece um banquete vistoso para contaminar os servos de Cristo. Entretanto, devemos nos ater ao exemplo de Daniel e dos seus amigos. Aprendamos com eles, pois as suas vidas não consistiam em meras tradições religiosas, mas em uma profunda comunhão com Deus. Eles eram fiéis ao Deus de Israel e guardavam a sua Palavra no coração para não pecar contra Ele (Sl 119.11).

A atitude de Daniel diante das imposições babilônicas

Uma firme resolução: não se contaminar (Dn 1.8). Quando Aspenaz, chefe dos eunucos, recebeu ordens de Nabucodonosor para preparar os jovens hebreus, ele os reuniu e deu-lhes ordens quanto à dieta diária (1.5). Em seguida, trocou-lhes os nomes hebreus por outros babilônicos: Daniel foi chamado “Beltessazar”; Hananias, “Sadraque”; Misael, “Mesaque” e Azarias, “Abede-Nego”. Porém, cuidadosa e inteligentemente, Daniel propôs outra dieta a Aspenaz e o convenceu. Como as iguarias do rei da Babilônia eram oferecidas aos deuses, Daniel e seus amigos não quiseram se contaminar. Essa corajosa atitude representava muito e tinha um profundo significado na fé de Daniel e dos seus amigos. Eles sabiam que seriam protegidos do mal!

Daniel, foi e é, um modelo de excelência no comportamento. Mesmo sendo levado muito jovem para o exílio babilônico, Daniel conhecia verdadeiramente o Deus do seu povo. Daniel tinha convicção de que alimento algum, por melhor que fosse, teria mais valor que o relacionamento entre ele e Deus. A exemplo de outros jovens descritos na Bíblia — Samuel (1Sm 3.1-11), José (Gn 39.2), Davi (1Sm 16.12) e Timóteo (2Tm 3.15) —, Daniel é um modelo de excelência para a juventude que busca uma vida de retidão e compromisso com o Evangelho e a sua ética. A devoção de Daniel é inspiradora para todos que desejam conciliar a vida cultural, em uma sociedade sem Deus, com uma vida de oração e de compromisso com o Evangelho (Dn 6.10).

A imponência dos templos babilônicos, o poder político do Estado e a classe sacerdotal dos caldeus escondiam o processo de corrupção sistemática que, mais tarde, culminaria na queda daquele império. Em meio a toda aquela cultura pagã, o jovem Daniel manteve-se íntegro, crente, honrando a Deus nas atividades políticas e respeitando as autoridades superiores. Ele cumpriu os deveres esperados de um bom cidadão babilônico. Todavia, quando Daniel foi desafiado pelos ministros do império a abandonar a fé, o profeta não se dobrou, antes, continuou perseverante na fé uma vez dada aos santos. Mesmo que isto custasse sofrimentos físicos e até mesmo a vida. Daniel manteve-se fiel!

Aplicação da Lição

Enfatize aos seus alunos que fomos chamados por Deus a ser sal da terra e luz deste mundo. Para isso, precisamos guardar o nosso coração e viver uma vida de comunhão com Deus. Testemunhando o Evangelho para todos quantos necessitam desta verdade libertadora.

Fontes Consultadas:

BÍBLIA. Português. Bíblia Shedd. Tradução João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada. 2ª Edição, São Paulo, Editora Vida Nova, 1997.

BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Pentecostal. Tradução João Ferreira de Almeida, Revista e Corrigida. Rio de Janeiro, Editora CPAD, 2002. Editor geral Donald Stamps, Editor brasileiro Pr. Antonio Gilberto.

Colaboração para o Portal Escola Dominical - Profª. Jaciara da Silva